PCdoB rejeita voto nulo
Sem candidato, PCdoB pede para eleitores ficarem vigilantes
O PCdoB decidiu, em convenção no último domingo, não lançar candidato e nem formalizar aliança para prefeito de Dourados, mas quer que os eleitores do partido participem da escolha do futuro administrador municipal.
Em documento encaminhado à imprensa, a direção do partido recomenda aos eleitores que não anulem o voto na eleição extraordinária e recomenda que eles “se mantenham vigilantes sobre os graves acontecimentos que abalaram o município recentemente, cobrando a apuração da corrupção que se instalou nos poderes municipais”.
“O PCdoB não recomenda o voto nulo, que, salvo em momentos extremos, não pode ser considerado como solução para as mazelas da política”, afirma. O partido justifica que se abstém da disputa porque falta em seus quadros um nome com disponibilidade e apoio político e social para apresentar aos eleitores.
Os comunistas douradenses dizem ainda que a eleição extraordinária tem praticamente uma só candidatura de expressão, encabeçada pelo ex-vice governador Murilo Zauith (DEM) e apoiada pela grande maioria dos partidos.
“Com o devido respeito à pessoa do candidato Murilo e aos partidos que decidiram apoiá-lo, mas o PCdoB não vislumbra nesse caminho a saída para os graves problemas que afetam Dourados, pois se trata de uma aliança puramente eleitoral, que não exprime um compromisso com a garantia dos direitos da população e o combate à corrupção”, avalia o PCdoB.
“Salientamos também que o candidato pertence ao DEM, ferrenho opositor do projeto nacional que apoiamos, conduzido por Lula e, agora, por Dilma”, acrescenta.
Dourados realizará eleição direta no dia 6 de fevereiro porque o então prefeito, Ari Artuzi, renunciou ao cargo após a operação Uragano, que desvendou esquema de fraude em licitações e pagamento de propinas.