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Política

Russo toma posse e é o novo senador de Mato Grosso do Sul

Débora Diniz, de Brasília | 28/06/2011 18:38

Em entrevista ao Campo Grande News, parlamentar fala de suas bandeiras, do Código Florestal e da Reforma Tributária

Durante a posse, Russo fala em dignificar mandato de Marisa Serrano. (Foto: Divulgação)
Durante a posse, Russo fala em dignificar mandato de Marisa Serrano. (Foto: Divulgação)

O empresário e pecuarista Antonio Russo Netto (PR-MS) é o novo senador de Mato Grosso do Sul. A posse aconteceu agora há pouco em Brasília. Russo era o 1º suplente de Marisa Serrano, que renunciou ao mandato ontem para assumir o cargo de Conselheira do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

O presidente do Senado, José Sarney, designou os senadores Magno Malta (PR-ES) e João Alberto Souza (PMDB-MA) a conduzir o novo senador à Mesa para fazer o juramento.

“Assumo o mandato com o compromisso de dignificar a cadeira da senadora Marisa Serrano. Sei que é uma grande responsabilidade substituir uma mulher que construiu sua vida pública sob os preceitos da ética, da moral, e os princípios da democracia e da justiça social, lembrada pela liderança política, no âmbito estadual, e respeitabilidade, no âmbito federal”, elogiou o novo parlamentar.

Alegria - Pouco antes da cerimônia de posse, Russo recebeu o Campo Grande News. Na porta, o nome grafado ainda era o de Marisa Serrano, mas poucos minutos de conversa são suficientes para mostrar que a pauta será diferente no gabinete 3 da Ala Afonso Arinos: a educação cede lugar ao agronegócio como prioridade nas discussões e projetos.

“Vamos acompanhar o trabalho iniciado pela senadora Marisa, mas a minha bandeira é mesmo o agronegócio, o comércio e a indústria”, diz. O objetivo do novo senador é criar mecanismos para desenvolver esses setores em Mato Grosso do Sul, criando “o maior número de empregos possível”.

No entanto, Russo diz não ter ainda nenhum projeto a apresentar. Antes, quer estudar as matérias em tramitação. Se houver pontos em comum com suas ideias, o senador vai apoiá-las.

Russo comentou dois dos principais assuntos da pauta na atual legislatura: o Código Florestal e a Reforma Tributária. Quanto ao primeiro, teceu elogios ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas ressaltou que o Senado “vai ter condição de aperfeiçoá-lo”. “Da forma como está hoje, ele realmente precisa ter alguns ajustes. Um deles é o artigo 8º, que parece absolver quem desmatou. Não é bem assim. A responsabilidade daquele que desmatou continua, não há anistia.”

Sobre a Reforma Tributária, Russo lembra que o perfil essencialmente agrícola de Mato Grosso do Sul deixa o estado em situação difícil em relação aos grandes centros de consumo. “Ouço falar há muito tempo sobre isso (Reforma Política). Agora estou do lado do estado arrecadador, mas também não podemos prejudicar o consumidor. E vamos ter que arranjar um meio termo que não deixe prejuízos para a estado.”

O senador pretende integrar a Comissão de Agricultura do Senado. E, se for possível, também quer uma vaga na de Reforma Tributária.

Durante a entrevista, Russo recebeu a informação de que o PR vai convidá-lo a integrar a executiva do partido em Mato Grosso do Sul. Falou da admiração pelos deputados Londres Machado, Paulo Corrêa e Antônio Carlos Arroyo e da felicidade de retornar ao PR, “agora também com Giroto”. “Acho que vai ficar um bom time”, avalia.

Posse - Na solenidade de posse, o senador recordou sua experiência como empresário do setor pecuarista no município de Nova Andradina (MS) e prometeu defender os interesses do povo do seu estado. Magno Malta saudou o novo colega de Senado por sua contribuição para a geração de emprego e renda e convidou Russo a integrar a Frente Parlamentar Mista Permanente em Defesa da Família.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS), por sua vez, destacou que Antonio Russo assumirá uma grande responsabilidade ao substituir Marisa Serrano e disse acreditar que ele honrará o estado.

A atuação de Antonio Russo como pecuarista começou em São Paulo como distribuidor de carne, em 1954, e se ampliou até o interior do estado e do Mato Grosso do Sul. Dirigiu diversas instituições ligadas à pecuária. Foi presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina por sete anos e do Sindicato da Indústria do Frio do Estado de São Paulo por seis anos. Também ocupou o cargo de vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Mato do Grosso do Sul (Fiems). Na área social, atuou por 26 anos à frente da Associação Cristã de Amparo a Criança.

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