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Política

Pecuarista de MS amigo próximo de Lula estaria quebrado, diz jornal

Leonardo Rocha | 18/10/2015 12:09
Empresário José Carlos Bumlai estaria quebrado, após problema com usina de álcool (Foto: Revista Veja)
Empresário José Carlos Bumlai estaria quebrado, após problema com usina de álcool (Foto: Revista Veja)

O pecuarista de Mato Grosso do Sul, João Carlos Bumlai, que foi acusado de receber propina e participar de esquemas envolvendo a Petrobras, apesar de toda amizade e influência com o ex-presidente Lula, e com o setor empresarial, estaria quebrado. Os problemas teriam começado com sua Usina de Álcool, no município de Dourados, que gerou uma dívida bilionária.

Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, esta crise financeira teria feito com que ele vendesse sua principal fazenda, na região do Pantanal, de 120 mil hectares ao banqueiro André Esteves. Das 150 mil cabeças de gado, teria ficado apenas com mais de cinco mil, que estão em três fazendas menores administradas por seus filhos.

O desastre econômico teria começado na Usina São Fernando, em Dourados, que após a política federal de subsídio a gasolina, afetou diretamente o setor de álcool, gerando uma dívida do pecuarista de R$ 1,2 bilhão, as principais junto a bancos.

Bumlai também está sendo alvo da Operação Lava Jato, depois que o lobista Fernando Baiano apontou que o empresário teve envolvimento em casos de suborno, quando lhe pediu R$ 2 milhões para uma das noras de Lula. Também existe a acusação que o pecuarista usou o nome do ex-presidente para intermediar negócios com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Petrobras e Eletrobrás.

De acordo com a reportagem, Bumlai conheceu Lula por meio do ex-governador e deputado federal Zeca do PT, no ano de 2002, durante a campanha eleitoral. Ele Teria inclusive emprestado sua fazenda para gravação de programas durante este período. Depois a amizade continuou, tanto que viajava na cabine do avião presidencial, ao lado do petista, além de participar de churrascos no Palácio da Alvorada.

Por esta amizade começou a usar o nome do presidente para fazer negócios. O empresário antes de ser citado na operação Lava Jato, já tinha sido envolvido em denúncias em escândalo de Campinas, em 2012, que tinha a participação do PT e algumas empreiteiras, como Camargo Corrêa, Constran e Sanasa.

A reportagem relembrou que ele começou suas atividades no "mundo das empreiteiras", trabalhando por 30 anos na Constran, em período que a empresa tinha Olacyr de Moraes, como proprietário. A defesa se pronunciou ao dizer que as acusações se tratam de "disparates", pois o empresário nunca deu um centavo ao ex-presidente ou seus familiares.

Sobre os negócios do pecuarista, o advogado Arnaldo Malheiros Filho, disse ao jornal que estes não se revestem da ilegalidade com que se procura incriminar o seu cliente.

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