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Política

Pedido de impeachment da presidente Dilma divide bancada de MS

Bancada de MS diverge sobre processo de impeachment contra Dilma

Leonardo Rocha | 04/12/2015 13:15
Zeca do PT diz que processo não tem fundamento e se tratou apenas de uma retaliação (Foto: Divulgação)
Zeca do PT diz que processo não tem fundamento e se tratou apenas de uma retaliação (Foto: Divulgação)
Mandetta ressaltou que presidente da Câmara até demorou para aceitar processo contra Dilma (Foto: Divulgação)
Mandetta ressaltou que presidente da Câmara até demorou para aceitar processo contra Dilma (Foto: Divulgação)

A bancada federal de Mato Grosso do Sul diverge sobre o processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Os deputados que integram a base dizem que o pedido não tem fundamento e se trata apenas de uma retaliação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Já os demais ressaltam que é preciso analisar todo o processo com calma e serenidade.

Para o deputado Zeca do PT, se trata de um "golpe" e retaliação do presidente da Câmara, porque o PT "não se curvou" a sua chantagem, para não ser cassado no legislativo. "Quando descobriu que os deputados do PT votariam contra ele na Comissão de Ética, resolveu aceitar o processo".

O petista disse que muitos juristas apontaram que o processo não tem consistência. "Não justifica um impeachment, apenas um jogo para aqueles que não se conformam com o resultado dar urnas, acredito que deve se analisar logo, até para não gerar mais instabilidade ao país".

Seguindo a mesma linha, Dagoberto Nogueira (PDT) diz que o processo apresentado "não tem forças" jurídicas, já que se baseia no TCU (Tribunal de Contas da União), que se trata de um órgão auxiliar ao Congresso Nacional.

"Do ponto de vista jurídico é imperfeito, além disto foi aceito por Eduardo Cunha que está desmoralizado no cargo. Esta ação da presidente, todos os outros antes dela também fizeram". Além disto, para o pedetista se tratou apenas de uma "retaliação", sem preocupação com o país.

Já Luiz Henrique Mandetta (DEM) tem uma visão diferente do caso. "O presidente (Câmara) ainda demorou muito para aceitar, houve claramente irregularidades, com maquiagem de números do orçamento, um colapso em relação a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)".

O democrata disse que não tem problemas em "excluir" recesso no final do ano, para avaliar o processo, no entanto ponderou que nesta votação precisa estar os 513 deputados (federais). "O Governo talvez tente contar com as faltas e ausências, para levar vantagem".

Os parlamentares do PMDB preferem adotar um pouco de cautela sobre o processo, e dizem que este precisa ser analisado, antes de tomar decisão. "Se trata de um momento difícil que vive o país, será um processo penoso, mas deve ser analisado todo seu conteúdo e provas, aguardar ainda parecer da comissão especial, depois vou construir meu voto, também ouvindo a população", disse Geraldo Resende (PMDB).

O senador Waldemir Moka (PMDB) disse que este processo precisa ser encarado de forma natural, com serenidade, analisando todos os fatos mencionados. Ele criticou aqueles que acusam a realização do debate como "golpistas", assim como defende a continuidade dos trabalhos no Congresso Nacional, sem parar para o recesso.

O Campo Grande News entrou em contato com os demais deputado federais do Estado, assim como a senadora Simone Tebet (PMDB), mas até o fechamento da reportagem, não obteve resposta.

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