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Política

Placar de MS na votação no Senado deve ficar 2 a 1 para Renan

Depois de ajudar na articulação, apenas Moka deve ficar com Luiz Henrique

Juliene Katayama | 31/01/2015 13:48
Renan e Luiz Henrique disputam presidência do Senado (Foto: Divulgação)
Renan e Luiz Henrique disputam presidência do Senado (Foto: Divulgação)

Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, dois devem votar na reeleição de Renan Calheiros (PMDB) para reeleição a presidente. Apenas o senador Waldemir Moka (PMDB) vai apoiar Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

Renan terá apoio da maioria do PMDB com declaração de 15 companheiros de bancada, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Se eleito, será a quarta vez que o peemedebista vai presidir o Senado Federal. A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (PMDB) deve acompanhar a maioria do partido enquanto Moka deve seguir o contrário.

Além dos dois, Renan deve contar com o apoio do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) que teve um desentendimento com o peemedebista no ano passado por causa da indicação de Nestor Cerveró à diretoria da Petrobras.

“Vamos aguardar a definição do PMDB para deliberar. A Maior bancada elege o presidente”, definiu Delcídio.

Nos bastidores, Renan costurou apoios nos últimos meses e procurou senadores de todos os partidos - inclusive da oposição, que aderiram à campanha de seu adversário, o também peemedebista Luiz Henrique da Silveira (SC).

A decisão de Luiz Henrique de lançar candidatura provocou racha no PMDB. Com a decisão da sigla de apoiar Renan, ele sairá como “avulso” na disputa em votação secreta no próximo domingo (1º).

O dissidente é taxado na Casa como “candidato da oposição” por ter reunido apoio do PSDB, DEM e PPS - três siglas que se opõem ao governo Dilma Rousseff. Luiz Henrique encaminhou carta à bancada em que se declarou independente. No total, ele reúne apoio de sete partidos: PP, PDT, PSDB, DEM, PSB, PPS e PSOL.

Moka que ajudou a construir a candidatura de Luiz Henrique considera o candidato como multipartidário. “Quem reuniu tantos partidos, inclusive os da base aliada, não pode dizer que é de oposição”, resumiu o sul-mato-grossense.
Dentro do PMDB, Luiz Henrique teve o apoio de apenas dois senadores, além de Moka: Ricardo Ferraço (ES) e Dario Berger (SC). Nenhum deles compareceu à reunião que selou o apoio ao atual presidente do Senado.

Racha - Apesar da adesão formal dos sete partidos à candidatura de Luiz Henrique, líderes partidários admitem que deve haver defecções em favor de Renan, uma vez que a votação é secreta.

“Se não pela unanimidade, estamos aqui pela maioria expressiva desses partidos”, disse o líder do DEM, José Agripino Maia (RN).

Renan minimizou o racha, afirmando que o PMDB é “democrático”, mas criticou a candidatura do colega. “O Congresso não caminha por projetos pessoais. É fundamental não revogar as normas que fazem que o parlamento caminhe”, disse.

Luiz Henrique, em contrapartida, apresentou-se como candidato capaz de retirar as “forças políticas” que há mais de 40 anos se revezam no comando da Casa. “Faremos uma gestão participativa, descentralizada, colegiada”.
Aliados de Renan contam com cerca de 55 votos em favor do atual presidente no domingo, contra pouco mais de 30 para Luiz Henrique. Do lado do dissidente, a conta é diferente: o grupo espera ter o apoio de pelo menos 45 senadores.

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