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Política

PMDB homologa desistência e espera aliados para eleição em Dourados

Aline Queiroz | 26/12/2010 13:56

Escolha do prefeito da cidade será em fevereiro de 2011

Durante convenção feita hoje, em Dourados, o PMDB homologou a decisão já anunciada referente à desistência do partido na disputa pela prefeitura da cidade, que é distante 233 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o vice-presidente municipal da sigla, Antônio Nogueira, o PMDB agora aguarda partidos interessados em possível coligação.

Antônio garante que não há definições quanto às alianças a ser feitas para a escolha do prefeito da cidade, na eleição de fevereiro.

Ele ressalta ainda os principais nomes cotados a entrar na disputa disseram não estar preparados e, por este motivo, os integrantes do partido não lançaram candidato ao pleito.

Foram 36 votos favoráveis, cinco contrários e um nulo na convenção de hoje para decidir que o PMDB não lançaria candidato à disputa.

Na semana passada, vereador Laudir Munaretto deixou na noite de hoje o comando do PMDB em Dourados.

No entanto, segundo Antônio Nogueira, Laudir já repensou a decisão e voltou à direção do partido.

Ele não detalha por que Laudir cogitou deixar o PMDB. “Divergências internas sempre existem”, sintetizou Antônio.

O escândalo - O ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, é investigado desde 2009, quando foi feita a Operação Owari.

Na ocasião, a Polícia Federal prendeu quarenta e duas pessoas, entre elas assessores, o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Urbano, a secretária de Saúde, o secretário de Governo e o secretário de Obras.

Os secretários e assessores envolvidos pediram afastamento dos cargos e em novembro, Ari Artuzi teve o sigilo bancário quebrado como parte das investigações desencadeadas pela Operação Owari.

Investigações do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Sistema Único de Saúde) apontaram uma série de irregularidades na contratação de um Hospital pela prefeitura, durante a administração de Laerte Tetila, ex-prefeito da cidade.

Artuzi foi acusado pelo Ministério Público Estadual de improbidade administrativa por ter mantido o referido contrato ao assumir a prefeitura.

Na madrugada de 31 de agosto de 2010, o então prefeito Ari Artuzi foi preso temporariamente pela Polícia Federal, na Operação Uragano.

Artuzi foi acusado de chefiar um esquema de fraude em licitações para desviar dinheiro público. Segundo estimativas feitas por Eleandro Passaia, autor da denúncia, Artuzi recebia em torno R$ 500 mil por mês.

Junto com Artuzi, foram presos o vice-prefeito Carlinhos Cantor, o presidente da Câmara Municipal de Dourados Sidilei Alves, junto com mais 8 dos 12 vereadores da cidade, 4 secretários municipais, o procurador do município, a primeira dama, empreiteiros, prestadores de serviço e servidores públicos.

Apesar das gravações que mostram Artuzi no momento em que recebia dinheiro, a defesa do prefeito alega que não há provas do recebimento de propina.

Depois de passar meses preso, Ari Artuzi renuncia ao cargo e é libertado da cadeia.

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