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Política

Polêmica sobre demissões continua e vereadores pedem detalhamento à secretária

Michel Faustino | 06/11/2015 17:53
Vereadores querem saber qual o impacto das demissões e como os trabalhos serão mantidos daqui pra frente. (Foto: Fernando Antunes)
Vereadores querem saber qual o impacto das demissões e como os trabalhos serão mantidos daqui pra frente. (Foto: Fernando Antunes)

A exoneração de 14 coordenadoras dos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) da Capital, publicadas no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de quinta-feira (06), continua gerando polêmica. Em reunião realizada na tarde desta sexta-feira (06), na Câmara Municipal, os vereadores pediram a titular da SAS (Secretaria de Assistência Social), Marcela Rodrigues Carneiro, um detalhamento sobre o impacto das demissões.

A vereadora Thais Helena (PT), presidente da Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso, explicou que diante da situação, os vereadores acharam prudente convocar a secretária para entender os motivos das demissões, apesar de todos entenderem que cabe a gestora e ao prefeito a livre nomeação e exoneração dos comissionados.

“A gente chamou ela aqui para que pudêssemos dar uma resposta as pessoas que foram demitidas, até porque a gente sabe que elas tinham um papel importante, inclusive muitas delas com uma estreita relação com a população que também nos procurou para que a gente pudesse iniciar essa discussão”, disse.

Conforme a vereadora, a secretária disse as novas coordenadoras, que devem assumir a partir da próxima segunda-feira, 9, são do quadro efetivo, situação que é vista com preocupação.

“Agora a gente quer saber como vai pagar essas pessoas que foram exoneradas, de que forma serão ressarcidas. Além disso, quem irá ocupar a função que vai ficar vaga, caso um desses técnicos assuma uma coordenação. Fatalmente isso irá desfalcar a equipe técnica. Até porque, por conta do limite prudencial que está no limite não tem como convocar o pessoal do concurso”, comentou.

A vereadora ressaltou que às mudanças iniciais estão sendo feitas na proteção básica e outras demissões devem ocorrer. “ A gente é favorável ao concursado, mas a gestão tem pouco mais de um ano e será que vai ser possível organizar neste meio tempo”, questiona.

Por fim, a secretária afirmou que exonerações seguiram decisão puramente técnica e como são cargos de confiança, que são de livre nomeações. “Sou técnica e não política e quero fazer uma gestão técnica para melhorar o atendimento nessas unidades. Por isso, considero importante dar uma oxigenada na equipe”, ressaltou.

A secretária, que é assistente social, disse que foi realizado um diagnóstico em todas as unidades e algumas apresentaram problemas. Por isso, foi necessário fazer essas mudanças para atender a vontade da categoria. “Não estou desabonando a conduta de ninguém. Tem gente que estava na coordenação há anos e a política da assistência social evoluiu”, alertou Marcela.

Além da exoneração nas 14 unidades dos Cras, também foi demitido do coordenador do Cecapro (Centro de Capacitação e Formação Profissional), no Bairro Parque do Sol, e a coordenadora do Creas-Sul (Centro de Referência Especial da Assistência Social) no Jardim Aero Rancho, foi exonerada para assumir a coordenação de um Cras.

Segundo Marcela Carneiro, 80% das novas coordenadoras são do quadro efetivo. Muitos são técnicos dos próprios Cras, que serão remanejados para coordenar uma unidade. “Queremos dar oportunidade para nossos técnicos se tornarem gestores nas unidades. Temos que padronizar o atendimento, seguindo o marco regulatório da assistência social”, explicou.

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