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Política

Possibilidade de novas eleições ganha força em Dourados

Redação | 29/10/2010 11:36

A possibilidade de haver novas eleições em Dourados é concreta e volta a ganhar força no município, caso o prefeito afastado, Ari Artuzi, seja realmente cassado, como prevêem os analistas políticos.

Artuzi pode acabar cassado pela Câmara de Vereadores de Dourados, que montou comissão processante para avaliar a questão.

A previsão é que o plenário vote o pedido de impeachment até a primeira quinzena de dezembro, caso o parecer do relator Idenor Machado (DEM) seja mesmo pela cassação.

A comissão processante que investiga os indícios de corrupção envolvendo o então chefe do Executivo notificou Artuzi nesta manhã, no presídio federal da Capital. Ele tem 10 dias para apresentar sua defesa.

O presidente da comissão processante, vereador Laudir Munaretto (PMDB), disse ao Campo Grande News que a possibilidade de novas eleições não está descartada, desde que o processo de cassação seja concluído até o fim de novembro.

"Se ele resolver não apresentar defesa, por exemplo, o processo correrá super rápido. Mas queremos dar toda a chance de defesa ao prefeito afastado", comentou o parlamentar, ao deixar o presídio federal.

Ele não conseguiu falar pessoalmente com Artuzi, como esperava, já que o prefeito afastado, por ordens da direção do presídio, terá de ficar isolado por 20 dias.

Consultado pela reportagem, o juiz eleitoral Alexandre Borges também acredita que a possibilidade de novas eleições é "concretíssima". Para ele, esta seria, inclusive, uma forma de dar uma resposta ao clamor da sociedade douradense.

"Esse fato todo comoveu a sociedade de Dourados, e a nova eleição pode ser vista até como um remédio, pois tiraria de cena toda a linha sucessória envolvida nas denúncias de corrupção", comentou.

O juiz lembrou que ainda restam dois anos para terminar o mandato, o que também reforça a possibilidade de novas eleições.

Entretanto, outras medidas não estão descartadas, como a possibilidade do presidente da Câmara assumir o comando do Executivo.

A prefeitura está sob a responsabilidade da presidente da Câmara, Délia Razuk (PMDB), de forma interina. Na segunda quinzena de dezembro, porém, haverá nova eleição para a Mesa Diretora da Casa.

Se Artuzi for cassado antes desta eleição da Mesa, e a Justiça Eleitoral entender que a prefeitura deve ficar sob a responsabilidade do presidente da Câmara, Délia pode ser efetivada no cargo.

No caso da cassação ocorrer após esta eleição, o novo presidente assume. Porém, é esperado que Délia conteste a decisão.

Outra possibilidade é a eleição indireta, quando a Câmara escolhe o novo prefeito da cidade, dentre os próprios parlamentares. O caso, segundo Alexandre Bastos, vai ser decidido pela Justiça Eleitoral.

O caso

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