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Política

PPS e pelo menos três secretários devem deixar Prefeitura

Lucimar Couto | 21/06/2011 20:31

O PPS está rachado, mas o partido deve sair por inteiro da administração do prefeito Nelson Trad Filho. Os socialistas ocupam três cargos de primeiro escalão na prefeitura de Campo Grande. A canetada pode atingir ainda mais dois secretários. Os mais desgastados são o de Obras, Antonio De Marcos, e o de Saúde, Leandro Mazina Martins.

A bronca publica e coletiva que o prefeito deu no seu secretariado – chegando a exigir o pedido assinado da demissão de todos, já surtiu efeito. Segundo Trad, “estão todos empenhados”. Mas as mudanças vão acontecer. O prefeito não fala em nomes e nem em números de demissões, mas não faz rodeio: “ou joga a favor ou sai fora”. Ele diz não ter problemas com as criticas, mas não admite que alguém jogue contra seu próprio time.

O recado é principalmente para o PPS. O partido ocupa as fundações de cultura e trabalho e a previdência municipal e faz campanha eleitoral com o vereador Athayde Nery criticando a administração do prefeito. Posição que o socialista reafirmou ontem na Câmara Municipal ao dizer que não vai “bajular” Nelson Trad. A declaração foi recebida na prefeitura como sinal de rompimento.

Derrotado nas duas últimas eleições para vereador e deputado estadual, Athayde Nery deflagrou a sucessão do prefeito com 18 meses de antecedência. Uma de suas principais aliadas é Luiza Ribeiro Gonçalves, que dirige a poderosa agencia de emprego de Campo Grande. O PPS, segundo alguns filiados com poder de decisão, não está inteiramente ao lado do vereador. Parte quer ficar onde está, mantendo seus cargos.

Outro partido que se sentiu atingido pela “bronca” do prefeito, o PSDB, não deve deixar a prefeitura. Pelo contrário, caminha para se reafirmar como principal aliado na administração. A direção municipal dos tucanos deve se manifestar nas próximas horas “apoio integral” a gestão do prefeito. Outras legendas menores, que também ocupam cargos na prefeitura, como o DEM e o PP, assimilaram à bronca e prometem rezar integralmente na cartilha de Nelson Trad, “sem deslizes”.

A decisão do prefeito de exigir empenho de seus secretários e fidelidade dos aliados tem respaldo do governador André Puccinelli. Os dois discutiram amplamente as conseqüências das exigências que Trad fez, inicialmente numa reunião fechado com sua equipe e depois publicamente durante entrevistas a imprensa. Nas próximas horas, o prefeito anuncia quem fica e que sai de sua equipe.

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