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Política

Preço de medicamentos comprados por Bernal dobrou, diz ex-secretário

Zemil Rocha | 17/05/2013 17:28

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Ex-secretário de Saúde de Nelsinho, médico Leandro Mazina
Ex-secretário de Saúde de Nelsinho, médico Leandro Mazina
Comparativo de preços com base em documentos da Prefeitura de Campo Grande
Comparativo de preços com base em documentos da Prefeitura de Campo Grande

O ex-secretário de Saúde de Campo Grande na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), Leandro Mazina, constatou casos em que o Município, sob a gestão do prefeito Alcides Bernal (PP), já pagou mais do que o dobro pelo mesmo medicamento comprado para 2012, conforme comprovam relatórios da própria Prefeitura de Campo Grande.Segundo ele, a duplicação de valores aconteceu com a Amiodarona e o Bicarbonato de Sódio.

A Amiodarona (Cloridrato – 150mg – solução injetável) foi comprada por meio de pregão presencial, em 2012, na gestão de Nelsinho Trad, por R$ 0,077. Já na administração de Bernal o mesmo medicamento foi adquirido por R$ 0,17. Já o Biocarbonato de Sódio (8,4 mg solução injetável ampola 10 ml) variou de R$ 0,46 para R$ 0,96, na comparação entre os dois períodos. A diferença é muito grande, se for multiplicada pelas milhares de unidades que são compradas para o ano todo, embora os valores individuais sejam em centavos.

A avaliação das compras de Bernal, feita por Mazina, é uma espécie de resposta à administração atual por divulgar que os medicamentos comprados na gestão passada foram “superfaturados”. Mazina contra-ataca afirmando que a acusação é baseada em preços de “pesquisa de mercado” feita pela gestão passada, no final de 2012, e não pelo “valor de compra resultante do processo licitatório”, que não chegou a acontecer.

Ao dividir o valor orçado pela quantidade de medicamentos que se pretendia adquirir, segundo Mazina, ocorreu distorção de valores. “Estão usando pesquisa de preços de mercado, dividindo pela quantidade de medicamentos e publicando o resultado desta conta como se tivéssemos pago esses valores, o que seria impossível tendo em vista que o processo licitatório foi iniciado e não foi concluído. Os preços divulgados por eles como se fossem valor de compra, eram apenas de cotação inicial”, explicou o ex-secretário.

O ex-secretário de Saúde cita, como exemplo de distorção, os valores do Ácido Acetilsalicílico 100mg. Cotado no fim de 2012 por R$ 0,096 (para o pregão que foi cancelado), o medicamento foi comprado em 2011 por R$ 0,080 pela gestão passada e em 2013 por R$ 0,090. O mesmo caso acontece com o Alendronato de Sódio 70mg, que foi comprado para o ano de 2012 por R$ 0,27, a administração atual pagou R$ 0,275 e foi cotado no fim do ano passado por R$ 0,3240. Na opinião de Mazina, a gestão de Bernal usou os valores maiores de cotação apenas para comparar com os valores comprados por sua gestão. “E sabe-se que da cotação para a compra o valor pode cair até 40%”, argumentou ele.

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