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Política

Prefeito de Alcinópolis está andando com seguranças

Redação | 03/11/2010 10:02

O prefeito de Alcinópolis, Manuel Nunes da Silva (PR), está andando com seguranças, após ser apontado por familiares como suspeito de ser o mandante do assassinato do vereado Carlos Antônio Carneiro, 40 anos, que era presidente da Câmara de Vereadores da cidade.

Carlos Antônio foi morto em Campo Grande, no dia 27 de outubro, com três tiros. Três envolvidos na execução estão presos, mas o mentor ainda não foi identificado pela Polícia Civil, que colocou as investigaçõesm em sigilo.

No dia do crime, o pai do vereador, o vice-prefeito de Alcinópolis, Alcino Carneiro (PDT), afirmou que via o prefeito como o principal suspeito, por causa das divergências políticas com o presidente da Câmara assassinado.

O boato correu a cidade, assim como notícias de que familiares do vereador estariam prontos para vingar a morte dele. O prefeito foi, então, orientado pela polícia a deixar Alcinópolis, após se apresentar para prestar depoimento. "Eu me apresentei porque estavam falando que já tinha ameaça contra mim", disse, em entrevista concedida por telefone, seu gabinete na prefeitura.

Segundo ele, após a orientação da polícia, ficou em Campo Grande, e no sábado retornou à cidade. "Eu preciso trabalhar, eu tenho um compromisso com a prefeitura", afirmou Manuel Nunes da Silva. Ele revelou que está andando com seguranças particulares.

Apesar disso, afirmou que o clima na cidade está tranquilo e que ainda não conversou com a família do vereador morto.

Denúncias-Quando citou o prefeito como suspeito do crime, o pai de Carlos Antônio Carneiro disse que o Manuel havia ameaçado o filho, que tinha vindo a Campo Grande para apresentar denúncias contra a administração dele e que teria conhecimento disso. O prefeito nega. "Não sabia que ele ia e, principalmente, não tinha conhecimento de dossiê".

Os documentos foram apreendidos e estão com a Polícia Civil, como parte das invetigações.

Uma das acusações seria de que o prefeito teria adulterado o orçamento da cidade para não precisar pedir suplmentação de verbas à Câmara, onde enfrenta uma forte oposição. "Não precisamos de suplementação orçamentaria", refuta Manuel.

O pai do vereador também citou que um comerciante de Coxim, identificado apenas como Ivo, que teria negócios com a prefeitura, também havia feito ameaças. O prefeito também nega e diz que Ivo, cujo sobrenome disse não se lembrar, é dono de uma retífica e é apenas um fornecedor do Município.

O prefeito diz que não tinha problemas pessoas com o vereador e que as diferenças entre eles eram políticas e fazem parte da democracia. Sobre a investigação, diz estar tranquilo. "Eu não "Eu não tenho preocupação, graças a Deus".

Disse, ainda, que seu sigilo telefônico está "à disposição da Justiça" e que quem quiser pode ir à prefeitura verificar que a contabilidade está toda em dia.

O prefeito anunciou que vai contratar advogado para tomar providências contra quem o acusou sem provas.

Investigação- Na semana passada, a Polícia Civil decretou sigilo sobre o crime. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias, ainda sem a identificação do suspeito de ter feito encomendado o crime, por R$ 20 mil.

Como há acusados presos, o prazo para conclusão do inquérito e encaminhamento ao Judiciário é de 10 dias. As investigações vão continuar e será feito um complemento ao inquérito.

Foram presos logo após o assassinato o autor dos disparos, Ireneu Maciel, 37 anos, e o piloto da moto em que ele tentou fugir, Aparecido Souza Fernandes, de 34 anos. Também preso, horas depois, Valdemir Vansan, 43 anos, cunhado de Ireneu, que segundo ele o contratou para cometer o crime. Eles não apontaram que encomendou a morte de Carlos Antônio.

Dos presos, Ireneu e e Aparecido estão em unidades da Polícia Civil. Valdemir está na Santa Casa, após ter sofrido um acidente, em uma viatura da polícia, a caminho da delegacia onde seriam apresentados.

Ele e Ireneu estavam na viatura. Ireneu foi liberado no dia e Valdemir precisou passar por cirurgia. O acidente também está sendo investigado para identificar o responsável. A polícia descartou que tenha sido um acidente provocado por causa do crime.

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