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Política

Prefeitos do PT reforçam protesto de municípios contra a crise na segunda

Leonardo Rocha | 07/08/2015 14:03
Prefeitos do PT vão participar de movimento e campanha da Assomasul (Foto: Divulgação)
Prefeitos do PT vão participar de movimento e campanha da Assomasul (Foto: Divulgação)
Prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, diz que vai participar do evento, porque é solidário aos prefeitos (Foto: Divulgação)
Prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, diz que vai participar do evento, porque é solidário aos prefeitos (Foto: Divulgação)

Apesar da campanha da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) ter como pauta cobrança ao governo federal, em função de atraso de repasses em obras e projetos, os prefeitos do PT vão aderir a manifestação e participar do evento em Campo Grande, na próxima segunda-feira (10). A maioria também vai paralisar as atividades para esclarecer os motivos da crise.

O presidente da Assomasul, Juvenal Neto, já declarou que as prefeituras não receberam os R$ 140 milhões de “restos a pagar” referentes aos orçamentos de 2013 e 2014, e que poderiam até fechar as rodovias do Estado, como uma forma de protesto, para pressionar a União. Outra questão em pauta é orientar a população sobre as dificuldades dos municípios, em função da crise econômica nacional.

Neste cenário os gestores do PT também resolveram aderir a campanha, que reforça os ataques contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O prefeito de Rio Verde, Mário Kruguer (PT), ressaltou que vai paralisar tudo, pois é preciso fazer esta conscientização a população, até para que todos saibam que os problemas não são apenas em relação ao governo federal e sim de ex-gestores que deixaram dívidas.

“Houve muita má gestão no município, não pode agora responsabilizar os administradores atuais, aqui por exemplo quando assumi tinha até duodécimo atrasado, uma dívida de R$ 17 milhões no INSS, também queremos agilidade da Justiça para julgar estes casos”, disse ele.

O prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PT), confirmou que também aderiu a campanha, pois se coloca solidário aos municípios que convivem com esta crise financeira e que cabe a população entender este momento difícil. “Vou estar em Campo Grande discutindo esta situação, não vou paralisar as atividades, porque já tinha compromissos agendados e ações preparadas, mas sou solidário”.

Para José Antônio Assad e Faria (PT), prefeito de Ladário, este é o momento de se chamar a atenção da sociedade sobre a péssima condição das prefeituras, que precisam lidar com sérios problemas financeiros, muitas vezes até com inadimplência. “Nós vamos paralisar a Secretaria de Administração, o resto vai continuar, mas estamos de acordo com toda movimentação”.

O prefeito de Jardim, Erney Cunha (PT), que é vice-presidente da Assomasul, disse que seu município vai parar 100% no dia 10, já que esta informação deve chegar ao cidadão, para entender que a crise não é apenas no seu município e sim no âmbito nacional e até internacional. “Não queremos atacar ninguém, e sim levar conscientização”.

Cunha também revelou que esteve em Brasília nesta semana, com o senador Delcídio do Amaral (PT) e que recebeu o compromisso de representantes do governo federal, que os recursos do “resto a pagar” para Mato Grosso do Sul, serão acertados, por meio de um cronograma que está sendo feito neste mês de agosto.

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