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Política

Prefeito de Alcinópolis nega que prefeitura tenha pago passagem a pistoleiro

Marta Ferreira | 13/12/2010 16:09

Requisição de bilhete já está com a Polícia Civil, afirma

Polícia Civil tem conhecimento de requisição de passagem para pistoleiro, segundo prefeito
Polícia Civil tem conhecimento de requisição de passagem para pistoleiro, segundo prefeito

O prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes (PR), disse ao Campo Grande News que tem conhecimento sobre a requisição, junto à Secretaria de Assistência Social do município, de uma passagem para Coxim em nome de Ireneu Maciel, 34 anos, o homem que matou o presidente da Câmara de Vereadores local, Carlos Antonio Carneiro. O bilhete solicitado à empresa Água Boa é do dia primeiro de outubro, data que coincide com uma das ocasiões em que o pistoleiro disse à Polícia Civil ter ido a Alcinópolis para tentar consumar o crime.

O prefeito disse, ainda, que “comentários” na cidade indicam que foi o vice quem mandou Ireneu pedir a passagem na Secretaria de Assistência Social, após o pistoleiro ir até a casa do pai do homem que mataria, alguns dias depois, em Campo Grande. O advogado Ricardo Trad, contratado para ser assistente de acusação do caso pela família de Carlos Antônio, negou essa afirmação.

Sobre o fato de a Secretaria de Assistência Social ter concedido a requisição de passagem a Ireneu Maciel, o prefeito disse que é obrigação da Prefeitura conceder esse tipo de benefício a pessoas que pedem ajuda para deixar a cidade. “Nós não investigamos as pessoas”.

Audiência- O advogado Ricardo Trad informou hoje que vai apresentar o documento amanhã durante audiência para interrogatório das testemunhas de acusação contra os três homens presos pelo crime, Ireneu, Aparecido Souza Fernandes, 34 anos, e Valdemir Vansan, 37 anos.

Para o criminalista, o documento representa “indícios seríssimos de envolvimento, se não do prefeito, de alguém da prefeitura no crime”. No dia do assassinato, o pai do vereador morto, Alcindo Carneiro, que é vice-prefeito, jogou a suspeita sobre o prefeito.

Manoel Nunes, que já prestou depoimento sobre o crime, afirma que a requisição da passagem está com a Polícia Civil. “Fomos nós que localizamos e passamos para a Polícia”, disse. Ele não soube informar quando isso ocorreu. A investigação policial do caso prossegue na tentativa de localizar o mandante do crime e é sigilosa.

O prefeito disse, ainda, que “comentários” na cidade indicam que foi o vice quem mandou Ireneu pedir a passagem na Secretaria de Assistência Social, após o pistoleiro ir até a casa do pai do homem que mataria, alguns dias depois, em Campo Grande. O advogado Ricardo Trad negou essa afirmação.

Quando indagado sobre a suspeita levantada contra ele, mais uma vez, o prefeito disse apenas que todas as informações sobre o assunto já foram repassadas à Polícia.

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