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Política

Presidente do TRE revela temor por voto em presídios

Redação | 28/03/2010 10:21

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, desembargador Luiz Carlos Santini, revela preocupação de que as facções criminosas que atuam nos presídios tentem influenciar o voto dos presos que, por não terem condenação definitiva, mantêm o direito.

No dia 2 de março deste ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou resolução que determina a instalação de seções eleitorais nos presídios, para garantir o voto a quem ainda não foi condenado. Na visão do presidente do TRE de MS, esses detentos correm risco de ser pressionados a escolher determinados candidatos. "Atualmente, infelizmente, todos os tipos de presos convivem juntos", observa o desembargador à Folha.

"Como professor de ciências políticas, penso que pode haver a possibilidade de os presos provisórios serem "pressionados" por presos já condenados em definitivo, ou até de outros que façam parte destas facções criminosas, no sentido de votarem num determinado candidato", disse Santini, na entrevista concedida por e-mail.

O temor do desembargador de Mato Grosso do Sul já havia sido manifestado pelo magistrados Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, responsável pela condenação de líderes do PCC, também em entrevista ao jornal paulista.

O presidente do TRE-MS também considera que haverá dificuldade em garantir a "completa segurança das pessoas que irão trabalhar como mesários nessas seções especiais".

A Folha de S.Paulo cita que Mato Grosso do Sul tem um histórico de rebeliões, o que tornaria a preocupação ainda maior.

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