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Política

Presidente dos EUA fala em justiça ao anunciar morte de Bin Laden

Fabiano Arruda | 02/05/2011 07:57

Americanos saíram às ruas para comemorar morte do mentor do 11 de setembro

Foto de suposto Osama morto aparece na TV. (Foto: AFP)
Foto de suposto Osama morto aparece na TV. (Foto: AFP)

Em pronunciamento feito na TV, na madrugada de hoje, o presidente norte-americano, Barack Obama, confirmou a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, afirmando: "A justiça foi feita", afirmou.

A operação durou 40 minutos e deixou ainda um dos filhos de Bin Laden, uma mulher e dois homens mortos. Vinte militares participaram da ação.

Osama já teria sido sepultado no mar, após passar por rituais tradicionais islâmicos. Dessa forma, não haveria tumulo transformado em local santo por radicais seguidores do terrorista.

Antes, foi feito teste de DNA para confirmar se a identidade do homem morto, mas o resultado deve sair só nos próximos dias.

Com a morte, o médico egípcio Ayman al-Zawahri aparece como possível sucessor no comando da rede terrorista al-Qaeda, considerado o número 2 da organização fundada por Bin Laden em 1988.

Al-Zawahri costuma aparecer nas mensagens em vídeo divulgadas pela rede terrorista

"Nesta noite tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes", disse o presidente dos EUA em pronunciamento à nação.

A operação teve a ajuda do governo do Paquistão, que facilitou que as equipes encontrassem o esconderijo do terrorista.

Assim que saiu a notícia na Casa Branca, em Washington, milhares de pessoas começaram a comemorar.

Fortaleza onde Osama estava escondido, segundo os EUA. (Foto: AP)
Fortaleza onde Osama estava escondido, segundo os EUA. (Foto: AP)

Operação- Neste domingo foi dada a ordem para que uma equipe de soldados dos EUA "matasse" o líder terrorista, na cidade de Abbottabad, no Paquistão.

"Finalmente, na última semana, eu determinei que nós tínhamos informações suficientes para agir (...) Depois de troca de tiros, eles mataram Osama bin Laden e tomaram seu corpo sob custódia", afirmou Obama.

A operação, sigilosa, foi executada por comando especializado da Marinha dos EUA. Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden em uma fortaleza na cidade de Abbotabad.

Na mansão, ele vivia com sua mulher mais nova em um complexo de um milhão de dólares perto da capital do Paquistão.

Houve troca de tiros, um helicóptero caiu, mas os EUA dizem que nenhum militar americano ficou ferido.

Quatro helicópteros teriam sido usados na operação. As forças americanas chegaram ao prédio após mais de quatro anos rastreando um dos mensageiros de maior confiança de bin Laden, que as autoridades dos Estados Unidos disseram ter sido identificado por homens capturados após os ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos. As autoridades descobriram em agosto de 2010, que o mensageiro vivia com seu irmão e suas famílias em um prédio de alta segurança. Ele e o irmão estão entre os mortos da operação de domingo.

Segundo a agência Reuters, o prédio tem cerca de oito vezes o tamanho das construções vizinhas, e ficava em um local relativamente ermo quando foi construído, em 2005. Desde então, outras casas foram construídas nas proximidades.

A segurança inclui muros de 3,6 e 5,5 metros de altura protegidos com arame farpado, além de paredes internas que dividem as partes do composto. Dois portões restringem o acesso, e os moradores queimavam o lixo ao invés de deixarem na rua para coleta, disseram as autoridades.

O prédio tem poucas janelas e um terraço com uma parede de 2,1 metros para privacidade.

A morte ocorre dez anos após os ataques de 11 de setembro.

Segundo o New York Times, a morte de Bin Laden permite a Obama reivindicar a maior vitória em segurança nacional da década, algo não obtido por Bush durante seus oito anos de mandato.

O Departamento de Estado Americano emitiu alerta global de viagens a todos os cidadãos americanos depois da morte de Osama bin Laden, advertindo sobre um "aumento potencial" da violência antiamericana.

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