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Política

Presidente enquadra vereadores e Câmara retoma votações

Lidiane Kober e Juliana Brum | 18/06/2015 15:59
Presidente puxou a orelha da oposição e do líder do prefeito (Foto: Divulgação/assessoria)
Presidente puxou a orelha da oposição e do líder do prefeito (Foto: Divulgação/assessoria)

Com projetos prontos para votar mas parados há 45 dias, o presidente da Câmara Municipal, vereador Mário César (PMDB), enquadrou os vereadores e a Casa de Leis retomou, nesta quinta-feira (18), as votações. Antes da sessão, o presidente chamou os colegas e, em reunião a portas fechadas, ele cobrou responsabilidade e puxou a orelha da oposição e do líder do prefeito Gilmar Olarte (PP), vereador Edil Albuquerque (PMDB).

O presidente frisou que a Câmara está “com importantes pautas a serem aprovadas”, porém, há falta de quórum vem impedindo o andamento das votações. Primeiro, porque, segundo ele, “a oposição está com a temática de trancar a pauta”. A decisão seria uma forma de pressionar o prefeito a nomear o presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).

“Estamos com importantes pautas a serem aprovadas, como a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o plano municipal de educação, propostas do legislativo. Hoje, por exemplo, três projetos estão na casa há 45 dias. Todos os vereadores tem conhecimento, não é por falta de conhecimento. Pedi para a oposição votar, votem contra ou favor como fizemos no projeto do cães e gatos, mas precisamos de desprendimento para votar”, apelou Mário Cesar.

Sem empenho – O presidente ainda chamou para a responsabilidade o líder do prefeito. “A fala do próprio Edil que ele está líder até que o Executivo encontre outro líder, vejo uma deficiência nesta fala e visivelmente alguns vereadores negaram ser líder devido os projetos políticos para 2016”, iniciou. “O Edil está (líder) enquanto não consegue outro e daí não há o empenho e nem força para que transite com mais velocidade os projetos do Executivo que vem trancando a pauta com frequência”, completou.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) fez coro a queixa e disse que as pautas estão “jogadas”. “Este problema da pauta trancada também se dá ao papel do líder, com esta questão do Edil estar líder enquanto não se encontra outro não há uma cobrança necessária e as pautas estão ficando jogadas. É preciso que o líder faça o papel de líder e cobre, recomende, indique, esclareça e acompanhe os andamentos dos projetos na Casa, o que não vem acontecendo”, comentou.

Edil se defendeu e jogou a responsabilidade para cada vereador e à Mesa Diretora. “A questão das pautas estarem trancadas é que cada vereador tem seus compromissos e se ausentou da Casa. Sou líder, mas não tenho como prever a presença durante a sessão", alegou.

Ele afirmou ainda que não é papel do líder cobrar para os vereadores permanecerem na sessão. “O líder não cobra este tipo de postura porque os projetos são chamados pela Mesa Diretora e quem falou isto não sabe o que está dizendo”, finalizou irritado. Na sequência, porém, saiu correndo coletando as assinaturas e, hoje, conseguiu mobilizar a base aliada.

Projetos – Passada a polêmica, a Câmara aprovou projeto de lei n. 8.026/15, do Executivo, que dispõe sobre a expedição de carteira de identificação da pessoa com deficiência e criação do banco de dados das pessoas com deficiência em Campo Grande.

De autoria do vereador Paulo Pedra (PDT), não foi aprovado o projeto de lei n. 7.783, que estabelece a instalação de bebedouros ao lado das academias ao ar livre da Capital. A decisão indignou a oposição e o vereador Marcos Alex (PT) saiu do plenário para trancar a pauta. Já o Plano de Educação foi retirado da pauta para reformulação.

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