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Política

Presidente licenciado de associação de mutuários quer levar debate para a Câmara

Luciana Brazil | 15/08/2012 17:03
Presidente diz que na câmara a luta será por processos lícitos que beneficiem pessoas já inscritas em programas de casas populares. (Foto:Rodrigo Pazinato)
Presidente diz que na câmara a luta será por processos lícitos que beneficiem pessoas já inscritas em programas de casas populares. (Foto:Rodrigo Pazinato)

Em Mato Grosso do Sul a Associação Brasileira de Mutuários atende, por ano, cerca de 300 pessoas que financiaram imóveis por meio de contratos bancários. Segundo o presidente da Associação no Estado, José Carlos Teixeira, a maioria dos mutuários está em situação de inadimplência, com até três parcelas em atraso, ou ainda sem condições financeiras para continuar pagando o valor das parcelas anteriormente estipuladas.

Candidato a vereador, José Carlos quer levar o debate sobre o assunto para o Legislativo Municipal.

Afastado do cargo por causa da candidatura, José Carlos afirma que hoje se compra mais imóvel no país, de uma maneira geral, por causa dos incentivos do Governo Federal, que tentam reduzir o déficit habitacional, mas em contrapartida as regras bancárias se tornaram mais difíceis.

Segundo ele, a estabilidade econômica do país propicia, por enquanto, o equilíbrio da compra, mas avalia que se houver aumento da inflação a situação pode se complicar. “O projeto do Governo ‘Minha Casa, Minha Vida’ poderá se transformar em ‘minha casa, meu desespero’”, brincou.

Experiente no mercado habitacional, José Carlos destaca que em Campo Grande a luta será para impedir irregularidades na distribuição de casas, entre elas o apadrinhamento por políticos. José Carlos pretende trabalhar tornando o processo de distribuição de casas lícito.

A entidade da qual José Carlos está licenciado tem o objetivo de orientar e intermediar os problemas financeiros entre os bancos e devedores. Em visita à redação do Campo Grande News o presidente da associação falou do trabalho e do porque entende que o tema deve ser tratado no âmbito da Cãmara.

Segundo José Carlos, é comum que depois de adquirir um imóvel, a renda do mutuário seja alterada por mudança de emprego ou até mesmo por demissão, a partir daí passa a ser quase impossível arcar com o compromisso do imóvel. “A associação intervém de forma administrativa e também judicial na tentativa de resolver o fato, podendo tirar, inclusive, a autonomia do banco”.

Além de orientar os mutuários, a associação desempenha um papel fiscalizador, como explicou o presidente. “A nossa ação é também de fiscalização diante dos bancos. É uma forma de dar suporte aos que querem pagar, mas não estão conseguindo”.

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