Procuradores ameaçam ir à Justiça contra decisão do TCE

Os cinco membros do Ministério Público Especial ameaçam ir à Justiça contra decisão tomada hoje pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), de indicar dois auditores para a vaga de conselheiro aberta com a aposentadoria de Ronald Albaneze.

Durante sessão extraordinária nesta tarde, o tribunal pleno do TCE votou pela indicação dos auditores Iran Coelho das Neves e Joaquim Martins de Araújo Filho para vaga de conselheiro.

O procurador Ronaldo Chadid disse nesta tarde, ao Campo Grande News, que até o fim desta semana os procuradores devem se reunir para decidir se tomará ou não alguma providência a respeito.

"Temos que nos reunir e avaliar, porque não é uma coisa que afeta só um, afeta ao Ministério Público Especial como um todo. Vamos avaliar se vamos ingressar com alguma medida ou esperar a nossa vez", declarou.

Chadid estava entre os três procuradores candidatos a lista para a vaga de conselheiro. Os dois outros são José Aêdo Camillo e Terto de Moraes Valente.

O procurador Ronaldo Chadid argumentou que, além dos auditores não preencherem a lista tríplice, são mais novos na carreira (o concurso para procurador aconteceu dois anos antes do que para a auditoria).

"Foi uma decisão política em favor dos auditores. Vou estar mentindo se eu disser pra você que concordo com a decisão do tribunal, porque as duas categorias estão em estrita igualdade, só que com a diferença que ganhamos no critério de antiguidade e no fato de preencher a lista tríplice", disse.

Chadid alega ainda que, se os procuradores decidirem não ir à Justiça e aguardar, Terto de Moraes Valente já não estará apto a integrar a lista tríplice.

"Faltam dois anos e 10 meses para a aposentadoria do próximo conselheiro. Até lá, o procurador Terto não estará mais apto, pois terá mais de 65 anos. Provavelmente, o procurador João Antônio subirá e integrará a lista tríplice", explicou.