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Política

Produtora de 73 anos percorre 273 km para "engrossar" protesto ruralista

Jéssica Benitez | 29/04/2013 14:35
Produtora de 73 anos percorre 273 km para "engrossar" protesto ruralista

Sensibilizada com a situação dos companheiros de trabalho, a produtora rural Maria Inês Bunning, de 73 anos, enfrentou 263 quilômetros de Angélica a Campo Grande, para engrossar o protesto contra demarcação de terras indígenas, realizado por ruralistas, hoje pela manhã durante visita da presidente Dilma Rousseff (PT) à Capital.

A idosa explicou que a região onde mora não está na mira do Governo Federal para demarcações, mas como nasceu no meio rural, decidiu vir a Campo Grande ajudar a comitiva de produtores. “Minha terra não está em área definida como indígena, mas vejo o que ocorre com meus companheiros”, explicou.

Em sua opinião, não fosse o descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral, as terras tupiniquins estariam estagnadas até hoje. “Se fosse pelos índios nada teria ocorrido”, disse. Para Maria Inês o governo petista deu terra a quem não tinha, mas foi incapaz oferecer amparo para que a população conseguisse dar utilidade ao que foi conquistado.

A produtora contou que quando nasceu seu pai trabalhava na indústria da carne, mas logo decidiu dedicar-se somente ao campo. “Ainda bem que meu pai morreu antes de ver essa bagunça que nossa área virou”, finalizou.

Protesto – Mais de mil produtores rurais oriundos de várias cidades do Estado, estiveram hoje de manhã no Joquei Clube de Campo Grande onde a presidente esteve para entregar 300 ônibus escolares a municípios do Mato Grosso do Sul. Até mesmo dois ônibus com 110 paranaenses foram ao local para ajudar na reivindicação.

Os ruralistas aproveitaram a oportunidade para tentar chamar a atenção da petista em relação à demarcação de terras indígenas, porém não obtiveram sucesso. Vários produtores, sequer, chegaram perto da presidente que se limitou a dar um “tchauzinho” de longe aos manifestantes que a aguardavam ao lado de fora do evento.

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