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Política

Professores buscam apoio contra corte de bolsas em programa federal

Leonardo Rocha | 03/03/2016 13:17
Coordenador do PIBID, Paulo Ricardo da Silva, se pronunciou na tribuna da Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)
Coordenador do PIBID, Paulo Ricardo da Silva, se pronunciou na tribuna da Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)

O coordenador do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), Paulo Ricardo da Silva, foi até a Assembleia pedir apoio dos deputados, contra a ameaça de corte em bolsas de estudantes e professores, que são contemplados neste programa federal. O MEC (Ministério da Educação) divulgou que poderia reduzir em até 50% o número de beneficiados.

O PIBID é um programa financiado pelo Governo Federal, que ajuda na formação de professores da educação básica, que ainda estão na faculdade. Eles recebem uma bolsa mensal, para desenvolver atividades em escolas públicas. Os professores que orientam estes acadêmicos também são contemplados com um auxílio mensal.

Ele foi criado em 2007 e hoje oferece 90 mil bolsas em todo país, sendo 3 mil em Mato Grosso do Sul. Os alunos recebem R$ 400,00, enquanto que os professores R$ 765,00. De acordo com Paulo Ricardo, a informação que chegou nas coordenadorias é que vai ter um corte de mais de 50% nas bolsas, com redução de até 50 mil vagas.

"Tem muitos estudantes que só continuam na faculdade, porque recebem esta bolsa, pode aumentar a evasão escolar, prejudicar projetos que estavam em andamento e travar a parceria entre universidade e escolas públicas", disse ele. O programa atende acadêmicos da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e UCDB (Universidade Católica de Dom Bosco).

O coordenador diz que apenas para UFMS eram previstos R$ 550 mil por ano, mas que para a área de custeio do programa, já em 2014 o recurso foi parcial, em 2015 não foi repassado e neste ano até o momento não foi pago nada. "O programa representa 0,59% do orçamento do MEC, mais de três mil escolas serão prejudicadas e as universidades sequer foram consultadas".

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) pediu uma moção de apoio ao grupo de coordenadores e uma ação de repúdio ao MEC, por estudar o corte de recursos. "Este movimento nacional já teve resultados, tanto que o Ministério (Educação) marcou reunião para o dia 8 de março, para discutir a questão", disse Paulo Ricardo.

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