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Política

Proteco inicia operação desmonte; 8 trabalhadores já foram demitidos

Paulo Yafusso | 08/08/2015 08:54
Com a suspensão do contrato, Proteco começa a demitir operários do Aquário do Pantanal (Foto: Marcos Ermínio)
Com a suspensão do contrato, Proteco começa a demitir operários do Aquário do Pantanal (Foto: Marcos Ermínio)

Oito operários da Proteco que trabalhavam na obra do Aquário do Pantanal rescindiram o contrato de trabalho hoje e retornaram para o Sergipe, com as passagens de ônibus pagas pela empresa, de acordo com informações de José Abelha Neto, presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande). Os outros 27 assinaram os documentos nesta sexta-feira e devem ser desligados até o próximo dia 17.

A empreiteira tinha até ontem (7) para pagar o salário de julho dos funcionários. Caso isso não seja feito, o Sintracom diz que vai acionar o MPT (Ministério Público do Trabalho), para que sejam adotadas as medidas cabíveis.

O sindicalista explicou que houve atraso no pagamento de junho, que já foi resolvido. Abelha explicou que, como o Governo do Estado suspendeu o contrato com a Proteco para a obra do Aquário do Pantanal, a empresa decidiu entrar em acordo com os 35 operários que trabalham no projeto. Ele disse que no total são cerca de 70 trabalhadores, mas a metade é aqui do Estado e permanecem na empresa.

Segundo José Abelha Neto, como o Sindicato enfatizou que a viagem de retorno dos trabalhadores para Sergipe é cansativa (cerca de quatro dias), a empresa se dispôs a levá-los de avião. “De repente o custo sai mais em conta”, diz o sindicalista. No MPT existem dois TACs (Termo de Ajustamento de Conduta) assinados com a Proteco. Um, assinado em dezembro de 2011, a empresa se compromete a pagar os salários em dia. Já o outro, de agosto de 2013, é referente ao cumprimento de obrigações trabalhistas na área de jornada de trabalho e saúde do trabalhador. Segundo o presidente do Sintracom, os compromissos estão sendo cumpridos.

Alvo da Operação Lama Asfáltica, deflagrada no dia 9 do mês passado em investigação sobre corrupção de servidores e fraudes em licitação, a Proteco teve os contratos com o Governo do Estado suspensos, depois que no último dia 22 o MPF (Ministério Público Federal) recomendou tanto a interrupção dos contratos, como também a suspensão dos pagamentos. A Operação envolve a Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF). Segundo as investigações, todo o esquema criminoso era coordenado pelo dono da Proteco, João Alberto Krampe Amorim dos Santos.

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