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Política

Protesto reuniu menos de 10% dos manifestantes do ato de março

Paulo Yafusso, Antonio Marques, Leonardo Rocha e Thiago de Souza | 16/08/2015 18:00
Organizadores afirmam que embora o número de participantes seja menor, manifestação atingiu objetivo (Foto: Fernando Antunes)
Organizadores afirmam que embora o número de participantes seja menor, manifestação atingiu objetivo (Foto: Fernando Antunes)

A exemplo do que ocorreu em várias outras cidades brasileiras, em Campo Grande a manifestação contra a corrupção e pelo “fora-Dilma” teve participação mais modesta do que os protestos anteriores. Hoje, foram 3 mil manifestantes, de acordo com estimativa do tenente-coronel Figueiredo, que comandou as equipes da PM (Polícia Militar) que acompanharam o movimento no centro da Capital. No maior protesto registrado na Capital na era Dilma, em 15 de março deste ano, cerca de 32 mil pessoas foram às ruas, segundo a PM.

O protesto deste domingo reuniu menos de 10% dos participantes de março passado. Outra diferença é que agora, não houve passeata, só concentração na Praça do Rádio Clube. Fabricia Salles, coordenadora estadual do Movimento Pátria Livre, afirmou que o movimento cumpriu com o seu objetivo que era de levar uma discussão de qualidade. Ela admite, porém, que o fato de não haver caminhada ou passeata pode ter contribuído para que menos pessoas participassem. Mas a finalidade dos organizadores foi essa mesmo, de realizar uma concentração para a discussão e o debate sobre a corrupção no País.

Ela disse que o próximo protesto está marcado para o dia 7 de setembro, mas não está definido ainda se será um momento único, em nível nacional, ou se por estados, como tem sido feito. Segundo ela, a organização da manifestação deste domingo custou cerca de R$ 10 mil.

Personagens protestavam contra Dilma e Lula. (Foto: Fernando Antunes)
Personagens protestavam contra Dilma e Lula. (Foto: Fernando Antunes)

Poder da mobilização - O presidente estadual do PSDB e secretário Estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, também participou da manifestação na Praça do Rádio Clube e criticou o PT. “Em nenhum momento os brasileiros disseram que querem o golpe. Eles se sentiram golpeados pelo PT na eleição de 2014”, afirmou.

O secretário permaneceu pouco tempo na Praça. Para ele, esse “é o momento das pessoas que estão indignadas se expressarem de forma democrática”. Ao ser questionado sobre os casos de corrupção investigados em nível local, ele afirmou que são denúncias que ainda não foram comprovadas e que por isso é preciso cautela ao falar sobre essas questões. Ele se referia a Operação Lama Asfáltica que envolve empreiteiros, servidores e políticos do Estado, e o caso do prefeito Gilmar Olarte, que na semana passada tornou-se réu em processo de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e que agora enfrenta uma Comissão Processante na Câmara de Vereadores.

Segundo Monteiro, a manifestação deste domingo foi por uma causa nacional, porque as denúncias de corrupção no Governo Federal foram comprovadas e já houve condenações. O vereador José Chadid (sem partido) também esteve presente ao ato na Praça do Rádio Clube. Ele afirmou que o País vive “um momento espetacular”.

“Só com a pressão e a força nas ruas os políticos vão se inibir para não voltarem a praticar atos de corrupção. Os políticos precisam respeitar a a população, aqueles que eles representam e que são os donos dos seus mandatos”, declarou Chadid.

Antes do final da manifestação, quer terminou com o hino nacional, a advogada Luana Ruiz, representando os produtores rurais do Estado, e Danilo Luiz, presidente da Associação Estadual dos Direitos Indígenas, usaram o microfone para defender a ideia de que é possível encontrar uma solução pacífica para os conflitos agrários envolvendo fazendeiros e indígenas. A advogada disse que a atual política indigenista provoca um conflito que não pertence nem aos índios e nem aos produtores e que essa política cria o ódio entre as partes. Danilo Luiz afirmou que estão começando a surgir uma nova forma de discussão entre ruralistas e índios, que pode levar a uma solução pacífica dos conflitos agrários no Estado.

Confira a galeria de imagens:

  • (Foto: Fernando Antunes)
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