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Política

Prova some e TRE julga hoje pedido de cassação do prefeito de Bonito

Lidiane Kober | 10/03/2014 15:17
Leleco e a mulher estão na mira da Justiça por suposta compra de votos (Foto: Divulgação)
Leleco e a mulher estão na mira da Justiça por suposta compra de votos (Foto: Divulgação)

Sem a principal prova da suposta compra de votos, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) julga, nesta segunda-feira (10), o pedido de cassação do prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, conhecido como Leleco (PTdoB).

A análise ocorre há mais de um ano após o caso vir à tona e três dias depois de o jornalista João Bosco Martins denunciar o sumiço de prova e lançar suspeita sobre o envolvimento da primeira-dama, Néia Prado, no desaparecimento do documento.

De acordo com a denúncia, na véspera da eleição extemporânea de Bonito, no dia 2 de março de 2012, em operação conjunta da Polícia Civil e do DOF (Departamento de Operação de Operações de Fronteira), foi detido o carro da mulher de Leleco e preso o motorista que conduzia o veículo, acusado de compra de votos.

Um dia após flagrante, a delegada Maíra Machado, informou que o “DOF abordou o veículo e o condutor estava na carteira com aproximadamente R$ 1,5 mil em notas trocadas, em maços de dois, cinco, 10, 50 e R$ 100”. Ainda de acordo com ela, “foi encontrada uma agenda com três páginas de possíveis nomes, telefones e endereços”, além de material de campanha da coligação do então candidato do PTdoB.

Sumiço - Passado um ano e três meses do flagra, no dia 13 de junho de 2013, o advogado da coligação adversária, Marcos Piva, foi ao cartório da 30ª zona eleitoral solicitar cópia da agenda, mas surpreendeu-se com o desaparecimento da prova.

Inconformado com o sumiço, Bosco apresentou, na última sexta-feira (7), representação ao MPE (Ministério Público Estadual) para investigar o caso. Na denúncia, ele ressalta que, em depoimento, servidores do cartório, informaram a presença de Néia no local, na época do desaparecimento, para consultar a documento.

Ainda na representação, Bosco frisa que “após o sumiço da agenda de dentro do cartório o funcionário da prefeitura, cedido à Justiça Eleitoral, teve seu irmão, de nome Clayton Castilho Gomes, agraciado com um cargo de confiança DAS-4 na administração municipal de Bonito”.

Diante das suspeitas, o jornalista pede o restabelecimento das investigações da sindicância arquivada pela Corregedoria eleitoral para apurar o desaparecimento da agenda. Procurado pela reportagem, o prefeito de Bonito não foi localizado.

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