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Política

PSDB tira PMDB do poder após 32 anos e impõe derrota ao PT e Londres

Ludyney Moura | 27/10/2014 17:54
PMDB levou parlamentares e aliados a apoiar o governador eleito, Reinaldo Azambuja (Foto: Marcos Ermínio)
PMDB levou parlamentares e aliados a apoiar o governador eleito, Reinaldo Azambuja (Foto: Marcos Ermínio)

O fim das eleições de 2014 marcou o fim da perpetuação do PMDB no poder no Estado. Desde a primeira eleição para o governo estadual, em 1982, quando o peemedebista Wilson Barbosa Martins sagrou-se vencedor, o partido ou comandava Mato Grosso do Sul ou a Capital. O PMDB está no poder há 32 anos

O PT também saiu perdendo, já são 12 anos longe do Governo do Estado, e o partido mantém o tabu de nunca ter vencido uma eleição para comandar Campo Grande. Também perde o deputado estadual Londres Machado (PR), que não conseguiu ser eleito vice-governador após 40 anos no parlamento estadual. 

“Quem mais ganhou em Mato Grosso do Sul, não tenha duvida que foi o PSDB, que sempre ocupou um papel de 2º plano ao lado do PMDB, dessa vez inverteu, com o Reinaldo, que já tinha vindo de uma boa eleição para prefeito de Campo Grande”, explica o cientista política Eron Brun.

Está já é a segunda vez consecutiva que o PMDB não consegue fazer um sucessor, já que em 2012 o então prefeito Nelsinho Trad viu o candidato do partido, Edson Giroto, sair derrotado das urnas. E este ano, o atual governador André Puccinelli, maior liderança estadual da sigla, viu se eleger Reinaldo Azambuja, um dos principais críticos de sua gestão.

“O Estado ganhou com isso. A polarização entre PT e PMDB dessa vez toma outro rumo, para a democracia. Se olharmos para o passado, desde o Pedro Pedrossian, Wilson Barbosa Martins, Zeca do PT e Puccinelli, sempre governaram com maioria, e o Reinaldo já vai entrar com essa maioria, porque recebeu o apoio das principais lideranças do PMDB”, pontua Brum.

Na opinião do cientista político, o maior perdedor destas eleições foi o Partido dos Trabalhadores. “Eles tinham um candidato quase imbatível. Já falavam em vitória no 1º turno, e com esses escândalos todos o partido saiu arranhado. Mas, continua uma oposição forte”, emenda.

A aliança nacional do PT com o PMDB, que juntos reelegeram a presidente Dilma Rousseff (PT), deve ser benéfica para o PSDB, já que tucanos e peemedebistas retomaram a aliança regional e, à exceção dos eleitos Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT), também elegeram a maior bancada na Câmara Federal.

O PMDB também ampliou sua presença no Senado, com a eleição de Simone Tebet, agora colega de Casa de Waldemir Moka.

Outro que perdeu foi o PR, que diminuiu sua bancada na Assembleia Legislativa, e ainda viu o decano Londres Machado, candidato a vice-governador na chapa petista, perder sua primeira eleição em quase meio século. Ele conseguiu ser eleito deputado estadual por 10 mandatos consecutivos.

“O Londres não está acostumado a perder. Elegeu a filha (deputada estadual eleita Grazielle Machado), mas perdeu sua última eleição. Mas, o PR sempre coliga com o governo, não tem luz própria, é uma sigla que tende para onde for mais favorável”, finalizou Eron Brum.

Apesar de também integrar a chapa petista, o PDT aumentou sua presença na Assembleia Legislativa, terá três deputados estaduais, e voltou a ter representatividade no Congresso, com a eleição de Dagoberto.

O PSB também ganhou, mesmo integrando a chapa derrotada do PMDB ao governo estadual, porque passou a ter um representante na Assembleia (José Carlos Barbosa) e um na Câmara Federal (Tereza Cristina da Costa Corrêa).

Já o PROS, que tinha dois deputados estaduais, não terá bancada no legislativo do Estado em 2015. Lauro Davi não conseguiu ser reeleito e Osvane Ramos, ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti, desistiu da disputa.

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