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Política

PT ensaia disputa à presidência da Assembleia

Redação | 28/10/2010 15:10

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa já ensaia disputar a presidência da Casa. Esta é a primeira manifestação pública dos deputados sobre a escolha da nova Mesa Diretora, que comandará os destinos do parlamento no próximo biênio.

O deputado Pedro Kemp (PT) manifestou hoje o desejo de disputar o cargo, mesmo sabendo das dificuldades de "encarar" a tropa de choque do governo durante a votação.

Para ele, um deputado de oposição no comando da Casa daria mais independência ao Legislativo.

"Eu não colocaria empecilho na votação dos projetos do governo, se forem de interesse da população. Estou há quase 10 anos aqui e não vejo por que não colocar meu nome à disposição. Seria salutar ter alguém na presidência que não seja submisso ao governador", espetou.

Se não conseguir apoio para formar uma chapa completa, Kemp diz que pode lançar seu nome em uma candidatura avulsa à presidência da Casa.

O governador André Puccinelli (PMDB) já deixou claro que vai trabalhar nos bastidores para que o cargo seja ocupado por um parlamentar de seu partido.

O atual presidente, Jerson Domingos (PMDB), ainda não se manifestou à respeito da sucessão, e nem disse se tem interesse em ser reeleito.

Londres Machado (PR), que parte para seu 11º mandato e já presidiu a Assembleia seis vezes, também faz mistério sobre um possível acordo em torno de seu nome. Em algumas ocasiões, brinca com o assunto, mas não fala se vai ou não disputar o cargo.

O deputado mais bem votado nas eleições deste ano, Marquinhos Trad (PMDB), não nutre esperanças de ser o presidente da Casa. Ele tem posição independente e é visto como um "peemedebista rebelde", por nem sempre concordar com projetos encaminhados pelo governo.

Carlos Marun, homem de confiança de Puccinelli, se licenciou para retornar à secretaria de Habitação, onde deve permanecer no próximo ano.

O vice-presidente regional do PMDB, deputado Júnior Mochi, e o veterano Maurício Picarelli, do mesmo partido, não estão descartados, mas não são a primeira opção do governador.

O novato Eduardo Rocha (PMDB), apesar de ser "calouro", é visto por outros parlamentares como um dos próximos nomes fortes do partido na Assembleia. Ele é marido da vice-governadora eleita e ex-prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB).

Parlamentares de outros partidos, integrantes da base aliada, também podem ser escolhidos para a presidência, mas esta possibilidade é remota.

Os deputados Maurício Picarelli e Júnior Mochi foram procurados pela reportagem para comentar o assunto, mas não foram localizados. A informação no gabinete é de que Mochi está em viagem. Picarelli não atendeu ao celular.

A escolha da nova Mesa Diretora deve acontecer em fevereiro, após as férias parlamentares.

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