PT nacional vai tentar reconciliar Zeca e Delcídio
O PT nacional vai entrar em campo para tentar unir as duas maiores lideranças do partido em Mato Grosso do Sul: o ex-governador Zeca do PT e o senador Delcídio Amaral. Depois de muitas disputas, os protagonistas do "racha" petista têm demonstrado surpreendente boa-vontade em prol das eleições do próximo ano.
O objetivo é que Zeca dispute o governo do Estado, Delcídio tente a reeleição e a ministra Dilma Roussef tenha palanque assegurado na disputa pela presidência.
Uma palestra sobre a crise econômica, a convite do deputado estadual Pedro Teruel (PT), deve trazer o ministro do Planejamento, Paulo Bernado, a Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, Bernardo, que foi secretário no governo de Zeca do PT, também vai tratar da crise interna do partido. A palestra ainda não tem data.
Já o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, virá ao Estado no mês que vem. Acompanhado por membros da executiva nacional, ele quer preparar o palanque para a candidatura de Dilma Roussef.
Entre os petistas, há o temor de que a eleição, em novembro, para escolha do novo presidente regional seja a pedra no caminho da reconciliação entre Zeca e Delcídio.
Contudo, os dois candidatos ao comando do partido evitam polêmica. Atual presidente, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) afirma que sua candidatura é natural, mas não irreversível. "Em nome do entendimento, posso abrir mão da presidência", salienta.
Já Zeca do PT, que quer o comando do partido para viabilizar seu projeto político, pode abrir mão da candidatura se não houver unanimidade. Partidário do ex-governador, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) enfatiza que Zeca não pode ser intransigente.
De acordo com Kemp, Zeca quer a união do partido e pretende ter uma conversa com Delcídio. "Uma conversa longe da imprensa, para fazer um acordo", descreve.
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