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Política

PT refuga aliança com PMDB e diz que está "em outra"

Redação | 04/11/2009 11:48

O PT de Mato Grosso do Sul nem pensa mais na possibilidade de aliança com o PMDB. Líderes petistas dizem que o partido está "em outra" e que essa discussão "já era".

Nos últimos dias, o governador André Puccinelli (PMDB) tem dito que os petistas é quem devem procurá-lo para "salvar a pele". Hoje pela manhã, em entrevista à TV Morena, Puccinelli classificou o PT como volúvel, por não se definir, de uma vez por todas, sobre a possibilidade de aliança com seu partido.

Para o deputado Pedro Kemp, o governador está "desinformado", já que os petistas já decidiram ter candidato próprio "há muito tempo".

"Essa história de aliança está só na cabeça dele, faz tempo que estamos dizendo que queremos ter candidato. Para ele seria muito interessante se aliar com o PT, mas pra nós não seria. Na verdade a gente está em outra, estamos discutindo alianças com outros partidos, programa de governo e financiamento de campanha", alfinetou, durante a sessão desta manhã da Assembléia Legislativa.

Durante a entrevista que concedeu nesta manhã à TV Morena, Puccinelli não soube dizer se ainda acredita na possibilidade de união entre as duas legendas em Mato Grosso do Sul.

"A Deus pertence a resposta, eu não saberia te dizer agora, porque uma hora eles querem, outra hora não querem, são de uma volubilidade impressionante".

O deputado estadual Paulo Duarte também respondeu aos ataques de Puccinelli, afirmando que volubilidade é uma característica do governador, e não dos petistas.

"Quem é volúvel é ele, que não tem consistência no que fala. Nossa linha é uma só: temos candidato a governador. Uma hora ele xinga o PT, xinga o ministro, e em outro momento vai a Brasília, insistir em aliança com o PT. Nós aqui em Mato Grosso do Sul vamos até o fim, discutir candidatura própria, não queremos aliança com o PMDB", disparou.

Duarte aproveitou a ocasião para discordar do posicionamento do ex-presidente nacional do PT, José Genoíno. Em entrevista ao Estadão, o líder petista defendeu que o partido deixe de lançar candidatura própria em Mato Grosso do Sul para apoiar Puccinelli.

"O Genoíno não pode tratar o Brasil, um país de dimensões continentais, com filosofia de gabinete. Aqui não há possibilidade de aliança, seria o fim do PT, descaracterizaria o PT, temos um candidato com mais de 30% de intenções de voto, e sem aparecer na mídia, temos que partir para este debate", declarou.

Sobre as declarações de Puccinelli, de que o PT precisa "salvar sua pele" se aliando ao PMDB, Duarte foi enfático.

"A minha pele não está em perigo, e não é para salvar a minha pele que vou ser incoerente e ir contra tudo que falei minha vida toda", enfatizou, afirmando que não obedeceria uma determinação de aliança "de cima pra baixo".

"Seria uma arbitrariedade e eu não obedeço", ressaltou.

Na entrevista desta manhã, Puccinelli disse que o PMDB é de paz, mas que está "preparado para a guerra", se esta for a vontade dos adversários.

"Estamos abertos para quaisquer partidos que queiram conversar conosco. Então, quem quiser vir conversar conosco, que converse, nós estamos nos preparando para enfrentar quem quer que seja, com respeito, com educação, com postura, para que, se quiserem briga, briga terão. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Nós somos de paz, mas estamos preparados para a guerra. Se quiserem aliança conosco, digam, nós estamos nos preparando", declarou.

Paulo Duarte repudiou o posicionamento do governador e afirmou que chamar para a guerra não passa de uma atitude "desequilibrada".

"Guerra é uma coisa que só traz prejuízo, dor, não temos isso aqui no Brasil. Ninguém quer saber disso nesta campanha, ninguém quer briga, falar em guerra é coisa de sujeito desequilibrado, coisa de quem trata adversário político como inimigo", disparou.

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