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Política

Puccinelli interpela vereadora na Justiça para provar denúncias

Aline dos Santos | 31/10/2015 09:47
Ex-governador quer provas das denúncias feitas ao MPE. (Foto: Marcos Ermínio)
Ex-governador quer provas das denúncias feitas ao MPE. (Foto: Marcos Ermínio)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) interpelou a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) na Justiça para que ela prove as denúncias de corrupção feitas à força-tarefa do MPE (Ministério Público do Estado).

“Entrei com a ação para ela explicar isso. Se ela tem prova. Se a resposta for convincente, tudo bem. Se não for, entro com ação”, explica o advogado Renê Siufi, que faz a defesa de Puccinelli.

Basicamente, a vereadora terá que provar que Puccinelli tinha esquema de desvio de dinheiro quando foi prefeito de Campo Grande para fazer caixa de campanha. “Vai ter que explicar tudo isso”, afirma Siufi.

A parlamentar pode responde por calúnia e difamação. O processo de notificação para explicação tramita na 5ª Vara Criminal. O juiz Waldir Peixoto Barbosa determinou que o depoimento de Luiza Ribeiro seja anexado aos autos. Cumprida a exigência, a vereadora terá prazo de 15 dias para se manifestar.

O depoimento da parlamentar foi no fim de setembro e, quando tornado público, causou muita polêmica. Ela afirmou que a sistemática de contratos com João Amorim, dono da Proteco Construções e investigado na operação Lama Asfáltica, foi adotada quando André Puccinelli foi prefeito, se consolidou na gestão de Nelsinho e chegou a extremo na administração de Gilmar Olarte (PP).

Na ocasião, Luiza não apresentou provas e justificou que todas as tentativas de investigações sobre contratos de tapa-buracos, cascalho e lixo naufragaram na Câmara Municipal. No depoimento, ainda relatou que há proteção dos vereadores ao grupo investigado

A vereadora já esteve ao lado do PMDB e comandou a Funsat (Fundação Social do Trabalho) na administração e Nelsinho, mas refuta que tenha sido conivente com o grupo que agora denuncia.

Com a divulgação do vídeo, Luiza apresentou representação ao MPE, que abriu procedimento investigatório para apurar o caso. Ela afirma que “o vazamento de tal procedimento, que deveria ser sigiloso, foi orquestrado com o intuito de constranger a depoente”. A reportagem não conseguiu contato com a vereadora neste sábado.

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