Queda nas receitas pode comprometer 13º das prefeituras
A queda acentuada da receita pode levar algumas prefeituras de Mato Grosso do Sul a ter problemas com o pagamento do 13º do funcionalismo público.
Se a situação de crise persistir, boa parte dos prefeitos não terá como pagar o salário extra para a categoria.
Para o prefeito de Angélica, João Donizete Cassuci (PDT), a situação é complicada. Ele contou que teve de fazer cortes drásticos.
"Tivemos de radicalizar, economizar água, luz, telefone. Acredito até que pague o 13º salário, agora se pagar uma folha é difícil hoje, imagine duas", prognosticou, referindo-se ao mês de dezembro.
O prefeito de Rio Verde, Wilian Brito (PPS), assegurou que até a operação tapa-buracos teve de ser suspensa, como parte das medidas de contenção de gastos que atingiu vários setores da administração.
"Fui obrigado até a parcelar dívidas com os meus fornecedores", informou.
Já Luiz Brandão (DEM), prefeito de Laguna Carapã, alega que está promovendo cortes no custeio desde o começo do ano.
"O pior é que em município pequeno como o nosso não tem como cortar muito, principalmente na saúde. Como você vai cortar o transporte escolar?", questionou, ao lamentar a grave situação.
A Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) está organizando um protesto para o próximo dia 23, contra a queda das receitas, em decorrência da redução no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços).
Um dos principais problemas dos municípios é a obrigação de altos investimentos em setores como a saúde e educação.