ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Política

Recurso no TRE pode provocar nova eleição em Eldorado

Redação | 08/09/2009 15:54

Recurso no TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) promete definir o futuro administrativo de Eldorado (450 km de Campo Grande). O candidato derrotado Auro Trendo (PMDB) move um processo contra a chapa da então candidata (hoje prefeita eleita) Marta Maria de Araújo (PDT) por compra de votos.

Como o segundo colocado teve menos de 50% dos votos (44,27%), a Justiça Eleitoral poderá convocar novas eleições no município. A expectativa do advogado José Valeriano Fontoura é de que o julgamento no TRE ocorra ainda neste mês.

A representação pede o cancelamento do registro da prefeita e a posse do segundo colocado, Auro Trendo. O processo deu entrada em Mundo Novo porque Eldorado ainda não tem comarca.

Em primeira instância, o juiz eleitoral Alexandre Tsuyoshi Ito, de Mundo Novo, entendeu que o crime investigado era de abuso de poder econômico e que por isso não era caso de análise de compra de votos. A decisão foi de extinguir o processo sem julgar o mérito.

"Aí você tem uma um tipificação distinta: quando se fala em compra de votos você tem a cassação do registro de candidatura, quando você fala em abuso, você tem inelegibilidade pelo prazo de três anos a contar da ocorrência dos fatos', explicou Valeriano, durante entrevista coletiva, nesta terça-feira, em um ateliê, na Rua Paraíba, em Campo Grande.

A chapa de Auro Trendo recorreu da decisão. Não há possibilidade de decisão para que o vice-prefeito Mário Coelho assuma a Prefeitura, já que o recurso é contra a chapa majoritária (prefeita e vice) e contra o vereador José Martins, que aparece em gravações de compra de votos.

O processo tem vários vídeos e gravações em áudio que mostram conversas para convencer o candidato Roberto Afonso Miranda a deixar de concorrer a vereador e votar, juntamente com a família, na candidata Marta Maria. Ela mesma aparece em uma das gravações.

Todas as gravações foram periciadas e aceitas no processo porque são consideradas conversas ambientais, com mais de duas pessoas, e que não precisam de autorização da Justiça.

Mesmo aceitas, por decisão do juiz eleitoral Alexandre Tsuyoshi Ito, as provas não puderam se tornar públicas na época de eleição. O magistrado argumentou que a divulgação poderia afetar o resultado das eleições.

Para tornar público o processo e sensibilizar a opinião pública, Auro, Valeriano e lideranças do PMDB concederam a entrevista coletiva na tarde desta terça-feira.

Nos siga no Google Notícias