Reforma da previdência precisa ser federal e estadual, diz Reinaldo
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que a proposta da reforma da previdência que deve ser enviada ao Congresso Nacional, ainda neste mês, pelo presidente Michel Temer (PMDB), precisa ser feita depois nos estados, já que o déficit de recursos nesta área, prejudica os investimentos nos setores essenciais à sociedade.
"A reforma (previdência) é crucial para o equilíbrio das contas públicas e essencial ao País, nós sabemos que se trata de um tema polêmico para a sociedade, mas não dá para continuar com um déficit crônico, tanto a nível federal, como estadual", disse Azambuja, ao final do desfile do dia da Independência.
Reinaldo ponderou que esta reforma precisa ser "conjunta" entre o governo federal e os estados, para que haja recursos para investimentos em áreas essenciais. "Quem paga esta conta é a sociedade, que não tem investimentos importantes, aquilo que for aprovado no Congresso Nacional, depois também terá as nossas regras estaduais", explicou.
O governador disse que além da questão da previdência social, ainda é preciso estabelecer um teto limite para os gastos públicos. "Não se pode continuar com um déficit exorbitante ano a ano no País, o Michel (Temer) deve enviar as propostas e espero que os parlamentares entendam que isto é necessário".
De acordo com o governo estadual, no ano passado o saldo devedor chegou a R$ 532 milhões na previdência. Caso a previsão de 2016 seja perpetuada, o aumento do déficit representa 66,7% a mais em relação ao exercício anterior. Para 2017, o deficit pode chegar a R$ 900 milhões, com previsão de atingir R$ 1 bilhão em 2018.
