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Política

Reinaldo estuda reforma na previdência e renegociação da dívida

Leonardo Rocha | 18/09/2015 11:27
Reinaldo disse que ações devem ser tomadas para equacionar as contas do Estado (Foto: Fernando Antunes)
Reinaldo disse que ações devem ser tomadas para equacionar as contas do Estado (Foto: Fernando Antunes)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) realizou uma palestra hoje (18), no Sindicato Rural de Campo Grande, sobre a situação econômica do Estado e que ações devem ser tomadas para equilibrar as contas públicas. Ele citou a realização de uma reforma previdenciária e a possível renegociação da dívida com a União, que prejudica novos investimentos em áreas importantes.

O tucano ressaltou que o Estado não possui um Fundo de Previdência, que até chegou a existir no passado, mas que seu recurso foi utilizado para outros fins. “Com esta situação, o governo estadual precisa aportar com R$ 70 milhões por mês em recursos do Tesouro para pagar aposentados, hoje ainda podemos cumprir, mas no futuro vai ficar inviável”.

O governador acredita que se a situação continuar desta forma os gestores futuros não poderão arcar com estas despesas, por isso sua gestão já estuda fazer uma reforma na previdência, para criar ferramentas e mudanças para conter a situação. “Teremos que resolver este impasse".

Reinaldo ainda citou a questão da dívida do Estado com a União, que prejudica a administração na hora de investir em setores importantes, em função do pagamento do débito. “Em 1998 o presidente Fernando Henrique Cardoso, repassou a dívidas dos estados para União, na época Mato Grosso do Sul devia R$ 2,18 bilhões, porém os juros era IGPDI + 9% ao ano”.

Com esta situação, o governador apresentou que de 1998 a 2014, o Estado pagou R$ 6,84 bilhões a União, mas ainda continua devendo R$ 7,08 bilhões. “Temos a intenção de renegociar com o Banco Mundial, pegar emprestado R$ 1 bilhão de dólares e pagar a União R$ 4 bilhões de reais, pois assim o juros seria de apenas 4,5%”.

Despesas – O governador disse que recebeu o Estado com uma folha salarial 29% maior do que um ano anterior e que por isso precisa fazer uma “ginástica" para equacionar as contas. Ele revelou que existem 76 mil servidores estaduais, sendo 49 mil ativos e o restante aposentados e inativos.

“Temos uma estrutura gigantesca, com baixa produtividade, mas a culpa não é dos funcionários e sim da estrutura, faltava as secretarias conversarem, serviço integrado, assim como modernizar o sistema e implantar a meritocracia".

Ele ainda citou as ações de contenção de despesa, como diminuição de secretarias, redução do custeio, economia nas compras públicas, assim como a previsão de ter ganho a partir de 2016 com comércio eletrônico. “O que temos que trabalhar em conjunto é sobre o combate a corrupção, denunciando os casos para que os culpados sejam punidos, contribui muito para o desenvolvimento”.

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