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Política

Se não vetasse emendas, governo Bernal ficaria “inviável”, diz Chaves

Josemil Arruda | 23/01/2014 16:35
Chaves diz que emendas só poderiam ser mantidas com suplementação de 30% (Foto: arquivo)
Chaves diz que emendas só poderiam ser mantidas com suplementação de 30% (Foto: arquivo)

O secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, considera injusta a revolta dos vereadores, inclusive da base de apoio ao prefeito Alcides Bernal (PP), com os vetos do chefe do Executivo municipal a 73 obras fruto de emendas aprovadas na Câmara de Campo Grande. Segundo Chaves, com as emendas, os vereadores tiraram verbas de obras importantes para a cidade. “E inviabilizaria o governo municipal”, garantiu o articulador político de Bernal, revelando que foram propostas mais de 200 emendas.

No total, R$ 195,9 milhões que tinham sido destinados por Bernal para várias obras, inclusive operação “tapa buracos”, foram destinados para outros investimentos pelos vereadores. Embora haja grande chance de os vetos serem derrubados na Câmara, Pedro Chaves considera que não havia outra alternativa para o prefeito. A Câmara faz sua primeira sessão após o recesso parlamentar no próximo dia 3 de fevereiro e os vetos devem ser o assunto principal.

Instado a informar sua opinião sobre os vetos, já que deixou os vereadores revoltados, Chaves declarou: “Não deveriam estar revoltados. Se for analisar, o conteúdo das emendas foram tirados de obras importantes, como Ceinfs (Centro de Educação Infantil) por exemplo. Isso é muito preocupante. Tem de se saber origem da fonte de financiamento para fazer emendas como essas. Gerar despesa e não ter fonte não é possível”.

Para o secretário, até poderia haver a preservação das emendas de obras propostas pelos vereadores, se eles tivessem assegurado uma suplementação orçamentária maior para o prefeito. “A suplementação foi de apenas 5% e aí tornou inviável. Se vereadores concedessem 30% de suplementação, o prefeito poderia conceder muito mais, sem ameaçar obras”, argumentou.

As mais 200 emendas, segundo Chaves, trariam “problemas delicados” para a gestão de Bernal se não fossem vetadas. “Ficou difícil viabilizar financeiramente. O que adiantaria não vetar e depois não ter condições de realizar, como antes se fazia. Acolhia emendas e não realizava nenhuma obra”, ponderou.

Emendas vetadas – As emendas vetadas referem-se a 73 obras, sendo 21 delas de pavimentação asfáltica. Foram vetadas as propostas de pavimentação para os bairros: Tijuca, Nova Campo Grande, Jardim das Perdizes, Izabel Gardens, Nova Lima, Ouro Verde, Portal Caiobá, Moreninha 4, Nova Jerusalém, Nossa Senhora das Graças, Hortênsias, José Teruel Filho, Parque dos Girassóis, Pacaembu, Vila Bela, Aero Rancho I, II e III, Nasser, Residencial das Flores, Itamaracá, Santa Mônica e Cristo Redentor. Cada bairro receberia R$ 800 mil.

Consta ainda da longa lista de obras vetadas pelo prefeito a construção de casas populares na região do bairro Dom Antônio Barbosa, no valor de R$ 2,5 milhões; de Centros Culturais na Cophavila II, Tiradentes e Jardim Los Angeles, no valor R$ 6 milhões; do lar para idosos em situação de vulnerabilidade social, R$ 2,5 milhões; bicicletário nos órgãos públicos, com custo estimado de R$ 400 mil; unidade de saúde 24 horas no Centro, no valor de R$ 600 mil; e a concessão de bolsa universidade de pós graduação, no valor de R$ 3,5 milhões.

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