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Política

Secretário diz que dívida 147% maior decorreu da “má gestão” de Bernal

Josemil Arruda | 25/03/2014 16:45
Scaff afirma que "centralização" paralisou administração na gestão Bernal (Foto: Marcos Ermínio)
Scaff afirma que "centralização" paralisou administração na gestão Bernal (Foto: Marcos Ermínio)

O novo chefe da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), André Scaff, atribuiu à “má gestão e centralização excessiva” o resultado financeiro de 2013, primeiro ano do governo de Alcides Bernal (PP), de aumento de 147% nas dívidas, apesar de os cofres públicos estarem abarrotados com R$ 399,9 milhões, o que representou um aumento de 59,4% em relação ao último ano do antecessor.

Balanço patrimonial divulgado hoje pela Prefeitura de Campo Grande revela que a dívida de curto e médio prazos do município subiu de R$ 92,7 milhões em 2012, último ano da gestão de Nelsinho Trad (PMDB), para R$ 238,8 milhões, um impressionante incremento de 147%. Nesse mesmo período de comparação, o dinheiro deixado em caixa passou de R$ 250,7 para R$ 399.949.032,50.

André Scaff considera que Bernal paralisou muito a máquina administrativa ao centralizar as decisões sobre as compras. “Não foram feitas as licitações. A Central de Compras ficou parada. Atravancou o processo, a máquina ficou parada”, avaliou o secretário.

Bernal e seus assessores alegaram que a paralisação de alguns contratos decorreu da constatação de irregularidades e prejuízos que poderiam acarretar aos cofres públicos. Essa paralisação nos pagamentos levou a Câmara de Campo Grande a criar a CPI do Calote, que acabou redundando em Comissão Processante e na cassação de Bernal. Aliás, Bernal sempre sustentou que os novos contratos que surgiram, após a paralisia de análise, trouxeram economia para o Município.

Para Scaff, essas alegações de revisões contratuais não justificam o aumento de quase 150% no endividamento. “Se você tem indícios de irregularidades, corta e pode fazer outro contrato e não empacar a administração”, afirmou o chefe da Seplanfic. “No caso da merenda escolar e outras coisas que são emergências, a solução tem como ser rápida. Existem mecanismos de rapidamente se resolver, como através de pregão eletrônico”, ponderou.

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