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Política

Secretário que não economizar será dispensado, diz Trad

Redação | 14/03/2009 09:46

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), disse na manhã deste sábado, pouco antes de se reunir com a equipe do Executivo, que as secretarias vão receber metas para chegar a uma economia de 30% no custeio e "quem não fizer o dever de casa será dispensado". A pauta são as medidas de contingência que serão adotadas diante da crise econômica mundial.

O prazo dado para que cada secretário apresente respostas, com relatórios, é de 30 dias. As medidas foram necessárias, segundo o prefeito, devido à redução de repasses constitucionais, o principal deles o FMP (Fundo de Participação do Município). Segundo Trad, a redução nos repasses a Campo Grande é de 12% a 15%.

Ontem o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Beto Pereira (PMDB), afirmou que em fevereiro deste ano o repasse às prefeituras foi de R$ 40 milhões contra R$ 45 milhões no mesmo período do ano passado e a previsão é que neste mês a queda seja de 18%.

Nelsinho se mostrou bastante preocupado com os efeitos da crise mundial que, ressaltou, "não se sabe se está no começo, meio ou fim". Diante da incerteza, ele afirmou que quer dividir responsabilidades, por isso a definição de metas a serem atingidas pelas secretarias.

O prefeito disse que obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) não devem ser afetadas e que terão continuidade os projetos com investimento internacional, como a Orla Morena e revitalização do centro. Ele disse que o momento é de "por o pé no freio para garantir investimentos próprios".

Um dado positivo é que o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) neste ano teve adimplência recorde de 80% e serão reforçadas as ações para arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza).

No ano passado Nelsinho já havia editado decreto determinando redução de corte de 20%. No começo deste ano houve enxugamento de 30% do quadro de comissionados com a reforma administrativa, que fundiu secretarias. A partir disso é que se espera economizar mais 30% com custeio, porque a unificação requer menos estruturas.

O presidente da Câmara dos Vereadores, vereador Paulo Siufi (PMDB), também foi à reunião e disse que na próxima terça-feira, às 19 horas, as medidas serão apresentadas aos demais vereadores no Plenarinho. Ele destacou que as medidas de contenção não afetam a Câmara porque o duodécimo é constitucional, mas que "a Câmara é Solidária". Segundo ele, a Comissão formada na Casa para discutir à crise vai se colocar à disposição do prefeito para acompanhar as ações de contenção.

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