Moka levará técnicos a Ponta Porã para discutir perdas do comércio local
Dólar baixo tem atraído moradores para a vizinha Pedro Juan Caballero, no Paraguai
Dois técnicos do Senado vão conhecer de perto, nesta sexta-feira, o problema que tem afetado comerciantes de cidades fronteiriças, como Ponta Porã. Atraídos pelo dólar baixo, a população local tem optado por comprar no país vizinho. O fenômeno tem esvaziado os caixas e levado muitos estabelecimentos a fecharem as portas.
O assunto promete ser um dos principais temas do congresso da Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso do Sul, que vai de hoje a sábado em Ponta Porã. Responsável pela visita dos técnicos – um advogado tributarista e uma assessora parlamentar –, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) vai participar de um dos paineis.
“Queremos propostas que surjam dos próprios comerciantes locais, que vivem a realidade do problema”, justifica o senador.
O dólar baixo tem atraído não apenas turistas, que tradicionalmente procuram Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para compras. O resultado é que muitas lojas de Ponta Porã já foram obrigadas a encerrar suas atividades. “Até mesmo as compras de supermercado são feitas do outro lado”, ressalta Moka.
Uma das ideias discutidas até agora para amenizar o fenômeno é a redução de impostos para o comércio da cidade, permitindo que os preços possam chegar a níveis competitivos com o dólar. A diferenciação tributária, porém, esbarra na isonomia entre os estados.
“Mas precisamos encontrar uma solução, nem que seja uma linha de financiamento ou algo parecido”, defende o senador.
As propostas articuladas junto aos empresários, que devem ser divididos em núcleos para discutir o problema, serão encaminhadas ao Ministério da Integração Nacional.