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Política

Senadores de MS estão divididos na votação do salário mínimo

Ítalo Milhomem | 23/02/2011 15:11

Os senadores de Mato Grosso do Sul estão divididos a respeito da votação do salário mínimo.

Waldemir Moka (PMDB) votará com o governo pelo reajuste de R$ 545.

Ele diz que não há nenhum constrangimento já que o acordo foi costurado pelas centrais sindicais e o governo federal, cujo o relator do projeto no Senado, foi o petista Paulo Paim (PT-RS).

“Vamos votar a regra que foi construída no próprio Senado, que o presidente dessa comissão é o Paulo Paim. Pelo projeto, a base dos reajustes do salário mínimo se dará de acordo com evolução do PIB (Produto Interno Bruto), de dois anos atrás mais inflação do período”.

A grande questão em torno do valor do salário mínimo, segundo o senador, é que o ano levado em consideração para este reajuste de 2011 é o de 2009, que teve o PIB negativo.

“No próximo ano, o PIB levado em consideração para o reajuste será o de 2010, algo em torno de 7% mais a inflação”, argumenta o deputado.

Sobre a proposta de emenda na lei, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Moka acredita que é um grande equivoco. A emenda impede que o reajuste do mínimo se dê por decreto presidencial.

“Na verdade estamos votando os critérios que estarão valendo para os próximos 4 anos. O decreto só vai oficializar, o que for definido pelo cálculo proposta pela lei”, disse Moka.

Já a senadora Marisa Serrano (PSDB) votará contra o aumento de R$ 545 proposto pelo governo federal e reivindicará o valor de R$ 600,00 para o novo mínimo, junto com a bancada de oposição que deve abarcar cerca de 26 dos 81 senadores.

“Há uma discussão muito grande em torno deste valor, acredito que será uma discussão ferrenha, mas existe uma dificuldade que os R$ 600 passem na Casa, porque o governo tem a maioria”, lamentou a senadora.

Marisa acredita que esta proposta de emenda possa criar problemas maiores para o governo, pois há senadores da base governista que discordam da possibilidade do reajuste do salário mínimo não passar pelo Congresso Nacional.

Ela espera que este ponto seja modificado no Senado, e não passe com folga como aconteceu na Câmara dos Deputados.

O Campo Grande News tentou falar com o senador Delcídio do Amaral (PT), mas ele ainda não retornou as ligações.

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