Simone avalia que só um "fato novo" salvaria mandato de Dilma

A senadora Simone Tebet (PMDB), que integra a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), acredita que só um "fato novo" salvaria o mandato da petista, já a tendência é a aprovação de sua cassação, com alguns votos de vantagem, em julgamento final, previsto para última semana de agosto.

"Se a votação fosse hoje, o impeachment seria aprovado com 59 a 60 votos, esta é a tendência dos senadores, mas sabemos que todo quadro pode mudar, no entanto uma mudança só ocorreria se houvesse um fato novo, algo de impacto que pudesse interferir no processo", disse ela.

Simone ponderou que a maioria dos senadores já teve acesso aos argumentos da defesa e da oposição, analisando as provas e ouvindo as testemunhas. "Todos já tem conhecimento para efetuar o voto, só muda se algo muito diferente surgir até o dia da votação, em função das investigações que estão em curso", avaliou.

A senadora explicou que os colegas estão em um "recesso branco", podendo ser chamados a qualquer momento para eventual votação no Senado Federal. "Se formos convocados voltamos a Brasília para analisar as matérias e dar procedimento aos trabalhos". Ela explicou que a princípio, no dia 2 de agosto será feita a leitura do relatório de Antônio Anastasia (PSDB-MG) na comissão, tendo um dia depois a votação entre os integrantes.

Uma semana depois o relatório será votado no plenário do Senado. Então começa a abrir os prazos para defesa e acusação apresentar argumentos e mais 10 dias, para marcar a votação final, que será conduzida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. São necessários 54 votos, dos 81 senadores, para se confirmar impeachment.