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Política

Sindicalistas falam de neutralidade após reunião, mas clima é de apoio a Bernal

Zemil Rocha e Lidiane Kober | 08/10/2013 19:43
Comissão de sindicalistas reunida com Bernal até o começo desta noite (Foto: Cleber Gellio)
Comissão de sindicalistas reunida com Bernal até o começo desta noite (Foto: Cleber Gellio)

Os líderes dos manifestantes que ocuparam a Câmara de Campo Grande e que se reuniram esta tarde com o prefeito Alcides Bernal (PP) saíram do gabinete do chefe do Executivo com o discurso de neutralidade política, mas muitos dos participantes da reunião deixaram claro que estão fechados com o progressista e querem mesmo é defendê-lo contra qualquer busca de punição por parte dos vereadores.

Ao final da reunião, que durou duas horas, com direito a agradecimentos de Bernal e aplausos para todos os que usaram da palavra, sindicalistas e dirigentes de entidades foram questionados sobre o motivo de na Câmara ter 700 manifestantes, parte se excedendo no protesto e alguns até jogando moedas no plenário, segundo reclamaram vereadores, e ali com o prefeito apenas 15 pessoas. “Os vereadores reclamam muito”, respondeu um dos participantes, com apoio de outros. “A multidão que foi lá foi a que votou no prefeito, ninguém fez baderna”, afirmou outro. “E só foi uma pequena parte”, afirmou mais um em tom de voz mais elevado.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação, Roberto Botarelli, tentou diminuir o ímpeto de apoio a Bernal manifestado pelos integrantes da comissão que tinham se manifestado ao serem questionados pela imprensa. “Não vamos entrar no debate de quantos levamos lá e quantos trouxemos aqui. Não é esse o objetivo. É preciso desarmar os espíritos. Objetivo é avançar. Estamos cheios de boas intenções e não estamos aqui para defender interesse de ninguém”, afirmou ele.

Até o prefeito Alcides Bernal fez questão de se pronunciar, reclamando dos vereadores que criticam a manifestação realizada esta manhã e que provocou a suspensão da sessão e a decisão da Mesa Diretora de deixar para a próxima terça-feira (15) a votação dos pedidos de abertura de processo visando a cassação. “Esse tipo de vereador que fica falando isso é que cria as dificuldades”, afirmou Bernal.

Outro integrante da comissão, demonstrando também simpatia a Bernal, indagou por que os vereadores deram 30% de limite de crédito suplementar para Nelsinho Trad e os antecessores e apenas 5% para Bernal. “Se são democráticos, porque fizeram isso?”, questionou.

A comissão vai tentar promover uma reunião entre Bernal e os vereadores para tentar construir uma “agenda positiva” e busca a “paz” antes da votação dos dois pedidos de abertura de Comissão Processante no dia 15.

Pregando harmonia – O prefeito Alcides Bernal disse que ouviu os movimentos sociais e disse que eles querem que se encaminhem os projetos a favor da cidade e que a Câmara os aprove para garantir a governabilidade. “Quer essa harmonia porque clima de briga não favorece ninguém”, afirmou o progressista.

Enfatizou que da mesma forma que os movimentos sociais também entende que deve ser respeitada a vontade popular manifestada nas ruas e nas urnas. “Aceitei de pronto que os movimentos sociais sirvam de interlocutores entre mim e o Poder Legislativo”, declarou.

Bernal afirmou que quer boa convivência com os vereadores. “Oposição é importante, mas criticas tem de ser propositivas”, defendeu.

Afirmou que está pronto para hora que o chamarem para ter conversa com a Câmara, porque, segundo ele, “a população está angustiada diante da ameaça de cassação”. Também declarou que quer que aconteça logo essa votação do pedido de impeachment.

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