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Política

Sindicato critica projetos de Bernal que beneficiam apenas 3 categorias

Paulo Yafusso | 05/04/2016 16:45
Enquanto servidores acompanhavam a sessão para votar reajuste, Bernal apresentou projetos que atendem médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem (Foto: Marcos Erminio)
Enquanto servidores acompanhavam a sessão para votar reajuste, Bernal apresentou projetos que atendem médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem (Foto: Marcos Erminio)

O clima ficou ainda mais pesado no final da manhã desta terça-feira (5), depois que o prefeito Alcides Bernal (PP) protocolou na Câmara Municipal três projetos que beneficiam os médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem do quadro de servidores. As matérias provocaram protesto do presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa. Ele cobra o mesmo procedimento para os administrativos da educação, representado pela entidade. "Se ele tirou os médicos, enfereiros e os técnicos em enfermagem que crie uma referência própria para os administrativos da educação também", cobra o sindicalista.

Os projetos alteram a tabela de referência dos servidores municipais, fazendo com que os profissionais dessas três categorias ocupem classificações específicas. Na prática, neste momento as mudanças não provocam impacto financeiro, mas nas próximas negociações salariais sim. Isso porque, no caso dos enfermeiros, por exemplo, hoje eles estão na referência 14, junto com outros profissionais de nível superior como pedagogo e assistente social.

Mantida a atual estrutura, fica difícil o Sindicato conseguir negociar com o Executivo, um ganho salarial além do índice de reajuste concedido genericamente. Ocupando uma referência específica, pode-se acordar o pagamento de adicional por insalubridade, por exemplo.

Segundo Ederson Fritz, presidente do Siste (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem), 80% dos cerca de 300 profissionais ocupam a referência 14. No caso dos técnicos em enfermagem, a referência é 13A, onde também estão os servidores que ocupam as funções de técnico em laboratório, técnico em radiologia e técnico em biblioteca.

Essa mesma explicação é dada pelo presidente do Sindmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdir Siroma. Segundo ele, o projeto atende principalmente os médicos com especialização. Ele diz que, com o avanço da tecnologia, os profissionais precisam estar sempre se atualizando, se capacitando, e isso demanda anos de estudos e por isso, atendendo a reivindicação da categoria desde a época da greve no ano passado, a prefeitura elaborou o projeto, retirando os médicos da referência 17, onde também estão o profissionais de odontologia.

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