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Política

Temer é aconselhado a afastar Jucá após divulgação de áudios sobre a Lava Jato

Ministro do Planejamento, flagrado em diálogo suspeito, diz que conversa foi "algo banal"

Mayara Bueno | 23/05/2016 11:28
Romero Jucá (PMDB), senador licenciado e ministro do Planejamento no governo de Michel Temer (PMDB). (Foto: Agência Brasil).
Romero Jucá (PMDB), senador licenciado e ministro do Planejamento no governo de Michel Temer (PMDB). (Foto: Agência Brasil).

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), está sendo aconselhado por sua equipe a afastar temporariamente o ministro Romero Jucá, também do PMDB. Nesta segunda-feira (23), foi divulgada uma conversa em que o senador licenciado sugere a existência de um pacto para obstruir a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras. Ele nega, diz que o diálogo trata-se de “algo banal”.

Segundo a Folha de São Paulo, a tendência é o senador pedir, ainda hoje, após a coletiva que concede à imprensa, neste momento, seu afastamento do governo para se defender. À reportagem do Jornal, o presidente Michel Temer disse que tomará uma decisão entre hoje e amanhã, mas reafirmou seu compromisso com a operação.

Nesta segunda-feira, a Folha divulgou áudios em que Romero Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro (Petrobras Transporte S.A) Sérgio Machado. Jucá sugeriu que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Lava Jato. No Senado, o ministro foi um dos principais articuladores do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Já o ex-presidente da Transpetro diz ao ministro que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, queria pegar Jucá e outros parlamentares do PMDB investigados na Lava Jato. O ex-dirigente afirmou, ainda, que novas delações não deixariam "pedra sobre pedra". Jucá concordou que o caso de Sérgio Machado não poderia ficar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Ainda segundo a Folha, o ministro disse que, em um eventual governo de Michel Temer, o que se efetivou, deveria construir um pacto com o STF. A conversa teria ocorrido em março passado e, por enquanto, o ministro nega que poderá deixar o cargo, em virtude da divulgação da gravação.

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