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Política

Trabalhadores da Saúde protestam contra a terceirização e pedem melhorias

Luana Rodrigues, Flavia Clemente,Juliana Brum e Leonardo | 17/09/2015 11:39
Manifestantes entram cantando grito de guerra ( Foto - Fernando Antunes)
Manifestantes entram cantando grito de guerra ( Foto - Fernando Antunes)

Servidores da saúde protestaram na manhã desta quinta-feira (17) contra a falta de investimentos por parte do Poder Público. A manifestação ocorreu em paralelo a 8ª Conferência Estadual de Saúde, que tem como tema “Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas. Direito do Povo Brasileiro”, que acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes.

O evento tem como objetivo fortalecer a participação social no Sistema Único de Saúde (SUS), mas, de acordo com o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, o poder público não tem colaborado com isso. "Os recursos não estão sendo aplicados de forma correta, pois o governo atual está aplicando a 'lei de rateio', tirando recurso de uma secretaria e aplicando em outra", afirmou.

Os profissionais também questionam a lei 13.019, que criou um novo marco regulatório para o terceiro setor, estabelecendo normas para as parcerias voluntárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios com as entidades. Conforme os profissionais, com a nova lei, as empresas estão vindo para atender a população do estado aplicando a tabela SUS, e isso prejudicará o atendimento.

"Implantar essas entidades sem ter consultado os conselhos é uma falta de respeito com os profissionais que buscam um melhor atendimento. Aqui existem muito profissionais que estão batalhando por melhorias e nada é transparente, pois os conselheiros não tem acesso a decisões", disse.

O Campo Grande News ligou para o secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares mas não conseguiu o contato.

Os manifestantes seguiram a pé até a Assembleia Legislativa para protestar contra as OS (Organizações Sociais) e a terceirização da saúde. Foram cerca de 300 manifestantes vestidos com camisetas brancas e vermelhas que entraram no plenário durante a sessão que estava sendo presidida pelo deputado Onevan de Matos (PSDB) e devido a bagunça teve que ser paralisada por alguns minutos.

"A Assembleia é a casa do povo, não é bagunça" disse o deputado Onevan, mas a pedido do colega petista Pedro Kemp (PT), retomou os trabalhos alertando que caso houvesse confusão a sessão seria encerrada.

O deputado Pedro Kemp sugeriu que cada parlamentar cedesse seu tempo para que os manifestantes pudessem expor suas ideias.

"Estávamos na audiência para protestar e viemos aqui para nos colocar contra a aprovação das OS que nos foi imposta goela abaixo e que está destruindo a saúde do MS. Tanto Goiás como em São Paulo onde as OS já existem, há muitos problemas de dinheiro público e que modernizar não é terceirizar. Queremos que seja revisado por esta Casa", declarou Ricardo Bueno, presidente do Conselho Estadual de Saúde.

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