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Política

Troca de acusações sobre segundo turno termina com político baleado

Ludyney Moura | 25/10/2014 10:24
Vereador Edicarlos alega ter sido agredido no rosto, e diz que apenas revidou com um soco (Foto: Divulgação)
Vereador Edicarlos alega ter sido agredido no rosto, e diz que apenas revidou com um soco (Foto: Divulgação)

A cidade de Porto Murtinho, distante 431 km da Capital, é marcada pelo clima acirrado nas disputas políticas. Na manhã deste sábado as eleições ganharam mais capítulo dramático. Um vereador, apoiador do PSDB, é acusado de dar um tiro em um ex-vice-prefeito, que apoia o PT.

O episódio começou na quinta-feira (23), quando o pedetista Marcos Rolon, que já foi vereador, vice-prefeito e secretário de Saúde de Porto Murtinho, teceu críticas e acusações ao vereador e radialista Edicarlos Lourenço (PR). O motivo seria a disputa do 2º turno pelas eleições para o Governo do Estado, entre Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Ele me chamou de traficante e ladrão, e eu sou radialista há mais de 10 anos na cidade e usei meu programa para rebater essas críticas. Ai hoje de manhã, por volta das 8h, estava na casa de um amigo quando o Marcos passou onde eu estava, querendo arrumar confusão”, contou o republicano.

Segundo o vereador, Rolon desceu do carro e partiu para cima dele com agressões verbais e o desferiu um soco em seu rosto, acertando-lhe o olho. Edicarlos afirma que apenas revidou a agressão com outro soco, que derrubou Marcos.

O prefeito do município, Heitor Miranda (PT), contesta a versão do republicano. “O vereador é truculento, anda armado e todo mundo sabe disso. A informação que eu tenho é que ele deu um tiro no Marcos”, conta o petista.

A versão é confirmada pelo secretário municipal de Governo, André Marques (PDT), que está no hospital neste momento acompanhando o ex-vice-prefeito. “Foi um tiro de raspão no olho, e por isso o Marcos está internado. Nós estamos aqui esperando, mas a equipe médica adiantou que ele não corre risco de morte”, conta.

O vereador Edicarlos nega que tenha dado um tiro. “Eu dei um soco nele, e ele caiu no chão. Dai entrei no carro e fui embora”, relatou. Ele também afirmou que recebeu autorização do partido, que integra a chapa majoritária do PT, para apoiar o candidato rival, do PSDB.

Tanto o prefeito quanto o secretário de governo alegam que a arma utilizada no crime já foi apreendida pela polícia. A reportagem do Campo Grande News tentou entrar em contato com o delegado de Porto Murtinho, mas não obteve sucesso.

“As eleições aqui são plebiscitárias. E esse vereador é um dos que instiga o ódio nas pessoas. Ele usa a rádio no Paraguai para difamar, e inclusive não apoiou nenhum candidato do seu partido”, contou Heitor Miranda.

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