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Política

TSE barra doações ocultas e aprova certidão criminal

Redação | 03/03/2010 09:34

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou ontem à noite medida que praticamente barra as doações ocultas de campanha. Os partidos políticos terão de discriminar a origem e o destino dos recursos repassados a candidatos e comitês financeiros durante a campanha deste ano.

Além disso, ao pedir o registro de uma candidatura, os políticos terão de apresentar certidão criminal digitalizada. E o eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral poderá votar em trânsito.

O objetivo do TSE é evitar as chamadas doações ocultas, permitir que os eleitores consultem com facilidade se um determinado político responde a processos na Justiça, qual a situação dessas ações e garantir o voto de quem está viajando.

De acordo com a resolução sobre doações de campanha, os partidos políticos deverão ter uma conta bancária específica para a arrecadação dos recursos.

Para evitar as chamadas doações ocultas, as legendas poderão distribuir os recursos financeiros recebidos de pessoas físicas e jurídicas, mas deverão, obrigatoriamente, discriminar a origem e o destino desses recursos repassados a candidatos e comitês financeiros.

Até agora, os financiadores doavam recursos para os partidos, que repassavam para os candidatos, sem identificar a origem.

Pelas regras aprovadas pelo TSE, as doações poderão ser feitas por meio de cartão de crédito ou débito. Mas as doações por cartão somente poderão ser feitas por pessoa física.

Essas doações estão limitadas a 10% dos rendimentos brutos obtidos pelo eleitor no ano anterior à eleição. Não poderão ser feitas doações por meio de cartões emitidos no exterior ou por cartões corporativos e empresariais. Antes de arrecadar recursos por meio de cartão, os candidatos e comitês deverão desenvolver uma página na internet específica para recebimento dessas doações.

Durante a votação de ontem, os ministros do TSE fizeram questão de afirmar que a Justiça Eleitoral não quer dificultar a arrecadação de recursos para as campanhas, mas apenas disciplinar as regras.

O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, disse que o ideal seria que as doações fossem feitas por pequenos doadores. Assim, "ninguém ficaria refém de ninguém", conforme o ministro.

Em relação à ficha penal dos políticos, os candidatos terão de apresentar a certidão criminal digitalizada. Se existirem processos criminais, os candidatos serão convocados para fornecer documento detalhando a situação específica de cada processo. Se esse documento não for apresentado, o juiz eleitoral poderá indeferir o registro da candidatura.

Voto em trânsito

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