Vander diz que não participou de esquema contra Delcídio
Em uma nota à imprensa, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) afirmou que recebeu a notícia do suposto complô contra o senador Delcídio do Amaral (também do PT-MS) com "surpresa, indignação e lamento" e que nunca participou de nenhum esquema criminoso contra o congressista.
Vander diz que não tem relação pessoal com o Ademar Pereira Mariano, acusado de fazer parte do esquema para prejudicar o senador nas eleições internas pelo comando do diretório estadual do PT.
O congressista afirma ainda que o método dele de fazer disputa política interna "não abrange este tipo de comportamento" e que a relação pessoal com o senador Delcídio sempre foi cordial e ética, mesmo durante as disputas políticas.
"Reitero a minha confiança na Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul que com certeza vai apurar a verdade, e desta não tenho medo algum", afirma o deputado.
Vander é sobrinho e homem de confiança do ex-governador Zeca do PT, que disputa o comando do partido contra o grupo de Delcídio.
Crime e lucro - Conforme depoimento atribuído a Ademar Pereira Mariano pelo policial rodoviário federal Wolney de Almeida Lima, o suposto esquema contra Delcídio era bastante lucrativo. Os criminosos usavam o nome do senador na promessa de aquisição de casas próprias.
Ademar afirmou que o servidor da Procuradoria do Trabalho, Paulo da Luz, e a assistente do secretário Wantuir Jacini (Segurança), identificada como Kátia, pagavam R$ 1.500 a ele por cada documento "fabricado".
A dupla fornecia os dados das pessoas em nome de quem Ademar faria o contrato. Os documentos eram entregues na residência de Kátia.
Em toda a operação irregular, Ademar teria arrecadado cerca de R$ 100 mil, valor que depositou na conta do pai dele, que mora em Aquidauana (148 km de Campo Grande).
Mas alguma coisa saiu errado e Ademar, segundo a versão dele mesmo, começou a ser perseguido por diversas pessoas.