Vereadora confirma que havia sigilo em nome de Gilda
A vereadora Thais Helena, pré-candidata a deputada estadual pelo PT, confirmou ao Campo Grande News que no dia 31 de maio ficou acordado durante reunião com a cúpula do partido no Diretório Regional, em Campo Grande, que a pauta para o encontro regional petista, realizado no domingo, trataria apenas da homologação das candidaturas de Zeca do PT ao governo e de Delcídio Amaral ao Senado.
O nome de Gilda Gomes dos Santos como suplente ao deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que disputará a segunda vaga ao Senado na chapa do PT, era para ser divulgado na convenção do partido, marcada para o próximo dia 30.
Entretanto, uma série de equívocos e a empolgação da militância acabaram resultando na aclamação do nome de Gilda como suplente de Dagoberto, fato que deixou irritado o senador Delcídio Amaral.
Ao chegar ao evento, a ex-primeira dama já confirmou que será mesmo suplente, destacando que não há empecilhos e nem objeções internas ao seu nome.
Os erros prosseguiram com o anúncio equivocado do nome de Gilda pelo cerimonial da festa. A ex-primeira dama foi ovacionada pela militância, e pressionado, o presidente regional do partido, Marcus Garcia, acabou incluindo a suplência de Dagoberto no processo.
Na opinião de Thais Helena, que já foi presidente do Diretório Municipal do PT na Capital, o anúncio antecipado prejudicou a discussão das alianças. "Era interesse do partido a proporcional com o PDT, mas agora fica difícil os pedetistas fazerem aliança nessa condição. Me sinto prejudicada", desabafou.
Thais ainda frisou que, agora que o PDT já garantiu a suplência de Gilda e a segunda vaga ao Senado, vai deixar o PT no prejuízo.
A reunião do dia 31, segundo ela, durou toda a manhã para que a pauta do encontro ocorrido no domingo fosse definida de maneira detalhada. "Nem o lançamento das candidaturas dos deputados estaduais e federais aconteceu, para que déssemos prioridade apenas ao Zeca e Delcídio. Mas não foi o que aconteceu", concluiu.
