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Política

Vereadores abrem processo contra Artuzi, sob quebradeira

Redação | 13/09/2010 19:58

Ainda é tenso o clima na Câmara de Dourados. Uma multidão começou a protestar do lado de fora do prédio e houve confronto com a PM (Polícia Militar)no início da sessão desta noite. Sem poder entrar no plenário, manifestantes atiraram pedras e pedaços de madeira contra policiais. Um guarda municipal foi atingido.

Pelo menos três pessoas da população também ficaram feridas e foram levadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital da Vida. Os vereadores ficaram recolhidos no plenarinho por questão de segurança e não se sentiram seguros em retornar ao plenário, fazendo com que a presidente da Câmara, vereadora Délia Razuk (PMDB), encerrasse os trabalhos com apenas três vereadores na Mesa.

Por cerca 15 minutos, o cenário foi de "campo de batalha", segundo jornalistas que acompanharam o tumulto. O ponto de maior tensão foi quando um manifestante que tentava forçar a entrada.

Portas de vidros foram quebradas, porque apenas 300 pessoas foram autorizadas a assistir à sessão.

Quase duas horas depois, manifestantes e policiais militares continuam na avenida Marcelino Pires em frente à Câmara que tem o tráfego interrompido. `Pessoas exibem ferimentos feitos por balas de festim. Universitários e professores engrossam os protestos.

Líderes sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted) anunciaram há pouco que os vereadores presos na Operação Uragano serão responsabilizados por todos os populares feridos por balas de borracha e bombas de efeito moral da polícia, divulgou o site Dourados Agora.

"Estes vereadores deveriam ter a dignidade de renunciar o cargo. Eles não merecem estar lá", disse ao informar que Ministério Público e OAB serão acionados.

Sessão - Antes de começar o tumulto generalizado que suspendeu a sessão plenária nesta noite, na Câmara Municipal de Dourados, os vereadores aprovaram o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apontou diversas irregularidades na aplicação dos recursos da saúde no município.

Por meio da decisão, foi aprovada a criação de uma Comissão Processante contra o prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido). No documento é pedida a cassação do pedetista, que está preso desde o dia 1º de setembro, em Campo Grande.

Alvo da Operação Uragano, realizada pela PF (Polícia Federal), Artuzi foi expulso do PDT, partido ao qual estava filado desde 2007.

Conforme o vereador Dirceu Longhi (PT), que presidiu os trabalhos da CPI, os membros serão escolhidos durante a semana entre as bancadas com representatividade na Câmara.

(Colaborou o jornalista Antonio Coca, de Dourados).

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