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Política

Vereadores querem trocar apoio a Bernal por "emendas paroquiais"

Jéssica Benitez | 15/04/2013 12:26

Quatro vereadores negociam integrar a base aliada do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal em troca do atendimento das "emendas paroquiais". Caso obtenha êxito na negociação, o chefe do Executivo pode ampliar a base aliada de seis para 10 vereadores, número suficiente para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), condição que ainda não tem no legislativo municipal.

Os vereadores querem que a Prefeitura atenda os pedidos, que vão desde o conserto de uma lâmada do sistema de iluminação pública, cascalhamento de vias até construção de obras, como creches e unidades básicas de saúdeAtender às solicitações enviadas por eles ao secretariado municipal é outra condição imposta pelos vereadores Edson Shimabukuro (PTB), Carlão (PSB), Alceu Bueno (PSL) e Paulo Pedra (PDT) para que o quarteto se alie ao prefeito na Câmara Municipal.

Neste caso, Bernal poderia conseguir instalação de uma CPI sem precisar da assinatura da oposição, por exemplo. “Queremos garantir governabilidade. Gostaríamos que o prefeito atendesse as nossas solicitações para que possamos respaldar os eleitores que nos colocaram na Câmara”, antecipou Shimabukuro.

Ele acrescentou ainda que pode auxiliar a prefeitura por conta de sua experiência na área da engenharia. “Me preocupo com a cidade, engenharia tem a ver com quase todos os problemas, gostaria de auxiliar a administração, cooperar com a base e fazer bom trabalho por Campo Grande”, resumiu.

Único representante do PSB na Casa de Leis, Carlão compartilha da mesma opinião que seu companheiro de Casa. Ele ressalta que desde 2011 existem requerimentos feitos por ele sem resposta até hoje. Nesta gestão o vereador sofre com o mesmo problema. “A gente tem que saber se o prefeito vai lutar pelos propósitos do meu partido, pois tenho autonomia para decidir se serei base ou não”, declarou.

Carlão destacou que não vê problema em se aliar ao prefeito, porém caso o governo continue sem atender suas solicitações ele permanecerá no bloco dos independentes. Estreante na Câmara, Alceu Bueno (PSL) também sente na pele como é ter suas reivindicações sem atendimento. “O que quero é que os secretários não engavetem nossas solicitações como está ocorrendo”, explicou.

Ontem o vereador Paulo Pedra (PDT) confirmou que está sendo sondado por Bernal, mas disse que só conversará com o chefe do Executivo se o diálogo seguir com os dois políticos no mesmo patamar. “A gente tem que conversar com todo mundo, mas tem que ser de forma republicana e de igual para igual”, revelou o pedetista.

Passos de formiga – Conforme os vereadores, nenhum deles chegou a conversar pessoalmente com o prefeito. Todos foram sondados pelo vereador Cazuza (PP) na semana passada e ainda não obtiveram resposta por parte do progressista.

Eles revelaram também que desde o início da nova gestão, o líder do prefeito na Casa, Marcos Alex (PT) procura os vereadores objetivando dar sustentação à base aliada, no entanto nunca houve progresso no diálogo. “Oficialmente ainda não teve nada, só conversação mesmo”, definiu Shimabukuro.

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