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Política

Vereadores vão propor a inclusão de três medidas no programa Mais Médicos

Jéssica Benitez | 15/07/2013 13:08

A audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande para debater o programa do Governo Federal “Mais Médicos” rendeu três encaminhamentos que serão levados ao Ministério da Saúde por meio do representante do Conselho Federal de Medicina, Mauro Brito.

O primeiro reivindica que não faltem medicamentos no SUS (Sistema Único de Saúde), o segundo solicita maior investimento na área da saúde para adquirir aparelhos que fazem exames básicos. O terceiro é a aplicação da equipe multidisciplinar em todas as unidades.

O evento durou mais de três horas e reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem, Luis Henrique Mascarenhas e Amarílis Scudellari, respectivamente, bem como a diretora e ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Luzia Santana. Os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Chiquinho Telles (PSD) e Marcos Alex (PT).

Além dos encaminhamentos, o grupo defendeu que o problema na rede pública de saúde não está relacionado ao número de médicos disponíveis, mas sim à infraestrutura e condições de trabalho ofertada a toda equipe de profissionais da saúde. Para se ter ideia há 3.9 médicos para cada mil habitantes em Campo Grande, sendo que o recomendado pela Organização Mundial é 2.8.

Desigualdade – Profissionais de outras categorias alegaram que o Governo Federal pensou somente na questão dos médicos, sendo que a área da saúde é composta por equipe. “A saúde não se faz só com médicos, mas com uma equipe toda que tem o mesmo peso e deveria ter salário equivalente”, disse Amariles.

Componente da Associação dos Serviços de Fisioterapia de Mato Grosso do Sul, a fisioterapeuta Thaís Cristina Leite utilizou a mesma argumentação. “Me entristece que as pessoas associem a saúde somente aos médicos”, desabafou.

Interior – Na opinião dos profissionais, cidades interioranas padecem ainda mais por falta de estrutura e ausência de médicos. Luzia Santana contou que muitos prefeitos de pequenos municípios fazem propostas verbais de altos salários aos médicos, mas acabam não cumprindo porque não conseguem arcar com a despesa.

A solução para tal problema, na opinião do presidente da Comissão Permanente de Saúde, vereador Paulo Siufi (PMDB), é a aplicação de carreira estatal aos médicos. “Às vezes o prefeito coloca o profissional no cargo, mas quando a gestão é trocada o médico fica sem a vaga porque são cargos políticos. Deve haver carreira estatal como para juízes e promotores que só vão para o interior porque sabem que serão transferidos para locais melhores”, avaliou.

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