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Política

Vídeo: Nelsinho se diz preparado para desafio de governar o Estado

Ludyney Moura | 31/07/2014 08:00
Candidato do PMDB ao governo do Estado, Nelson Trad Filho. (Foto Marcelo Calazans)
Candidato do PMDB ao governo do Estado, Nelson Trad Filho. (Foto Marcelo Calazans)

Vereador, deputado estadual, prefeito de Campo Grande, o médico Nelson Trad Filho (PMDB) quer agora ser governador de Mato Grosso do Sul. Ele é o quarto entrevistado do Campo Grande News da série que expõe projetos dos postulantes a sucessão André Puccinelli. Aos 52 anos, se diz preparado para a missão.

Nelsinho, como é mais conhecido, segue os passos do atual governador, também peemedebista. Os dois administraram a Capital por dois mandatos consecutivos. Na conversa exclusiva com os jornalistas Oscar Ramos Gaspar, Osmar Bastos e Ângela Kempfer, disse que pretende uma administração propositiva e com vista ao desenvolvimento.“A nossa candidatura já vem sendo construída há algum tempo, e desde que me lancei candidato, estamos estudando e diagnosticando os problemas do Estado, para apresentar as melhores propostas. E não vamos fugir da verdade e da realidade, nossas propostas serão exequíveis”.

Para o peemedebista, a boa avaliação do governo de Puccinelli à frente de Mato Grosso do Sul será uma das ferramentas para conquistar a preferência do eleitor.

Nelsinho diz que seu principal mote de campanha será o legado e o know how adquirido durante os oito anos que governou Campo Grande. "Com a experiência adquirida de suceder um prefeito que saiu com 90% de ótimo e bom (André Puccinelli em 2004), tenho certeza que vamos suceder e superar um governo que está indo bem", declara.

O ex-prefeito afirma que se sente preparado para o cargo, e promete mudanças em setores que carecem de novidades, e de ampliar e manter políticas de sucesso do atual governo.

Transcrição dos principais trechos da entrevista:

Diferença do governo André Puccinelli Suceder um governo bem avaliado não será novidade para mim. Mas, com uma equipe comprometida vamos fazer mudanças responsáveis. A palavra mudança encanta, mas nem sempre isso é o certo. Na Capital nós vivemos uma mudança desastrosa em 2012. Com a experiência adquirida de suceder um prefeito que saiu com 90% de ótimo e bom (André Puccinelli em 2004), tenho certeza que vamos suceder e superar um governo que está indo bem.

Infraestrutura e Transporte – Nós temos que aproveitar nossa posição geográfica estratégica para avançar. As duas ferrovias prometidas pelo Governo Federal não passaram de ilusão. Precisamos fazer um trabalho forte com a bancada federal para conseguí-las. As rodovias também são importantes. Quando entreguei a prefeitura (em 2011) 85% do porto seco da cidade estava pronto, faltava 15% para o outro prefeito, que não conseguiu continuar com as obras. O Estado precisa ser um indutor do desenvolvimento.

Parcerias – A nova rodoviária de Campo Grande, uma herança de 40 anos, que nenhum prefeito tinha coragem de fazer, eu fui lá e fiz, com parcerias público-privadas. Quando o poder público não funciona tem que partir para essas ações. Na Prefeitura nós tínhamos um unidade de projetos especiais, que captava bons projetos em Brasília. Precisamos de bons projetos, boa articulação e de uma bancada federal unida. Eu fui o prefeito da Capital que mais trouxe recursos federais para a Campo Grande. Quando assumi a Prefeitura fui visitar o então governador Zeca do PT, para propor uma parceria para caminharmos juntos pelo bem da população. E assim que for eleito governador vou marcar uma audiência com o presidente eleito, seja quem for, para fazer o mesmo.

Campanha no interior – Mostrando que podemos levar o progresso para lá, como foi feito na Capital. Fazer o desenvolvimento chegar em todos os cantos do Estado. E a minha candidata a vice (Janete Morais) apesar de morar em Campo Grande, saiu de Dourados. Nós realizamos 12 encontros regionais em cidades do interior para conhecer o perfil e a característica de cada uma delas.

Incentivos Fiscais – A renúncia fiscal é importante, mas ela precisa ser medida e as consequências acompanhadas. Da experiência em Campo Grande nós dosamos onde instalar uma indústria, e ai aumentamos na região o número de vagas para as creches, o número de linhas de ônibus, postos de saúde, tudo isso vem casado com a geração de renda, emprego, ritmo econômico e formação de mão de obra. É só lembrar o que fiz em Campo Grande. Antes de trazer a empresa, eles começaram a pedir mão de obra qualificada, e dai nasceu a Funsat (Fundação Social do Trabalho), que tinha como obrigação os cursos de formação para atender a demanda das empresas, para que quando ela terminasse a obra já tivesse mão de obra pronta.

Questão Agrária – Aqui em Campo Grande nós temos uma realidade de termos muitos distritos na área rural, que estavam isoladas. Nós criamos um projeto, com base em modelo de um projeto no Ceará, com parcerias, uma equipe técnica estudava o solo e sugeria a produção adequada, que em alguns casos quadruplicou. Arrumamos a estrada para escoar a produção e fornecemos o espaço para a venda. A contrapartida era o produtor ir à escola ministrar palestra sobre educação alimentar.

Por 45 minutos o ex-prefeito de Campo Grande conversou sobre suas metas de governo. (Foto: Marcelo Calazans)
Por 45 minutos o ex-prefeito de Campo Grande conversou sobre suas metas de governo. (Foto: Marcelo Calazans)

Questão Indígena – Sou contra o governo do PT porque eles não tiveram coragem de resolver o problema. As duas classes, índios e produtores rurais, estão insatisfeitos. O índio precisa ter seu espaço e manter preservado sua condição, mas não adianta demarcar um grande área e largá-lo lá, e é preciso também ter respeito ao direito à propriedade.

Questão Ambiental e Pantanal O Pantanal é um presente de Deus, e fazer uma usina lá eu não concordo, sou contra. Precisamos encontrar mecanismos para a evitar a degradação. Em Campo Grande eu aliei o desenvolvimento com sustentabilidade. De 30 hectares de parque linear, passamos para 303 hectares, sempre respeitando a preservação e a questão ambiental. Fiz a ciclovia da avenida Afonso Pena sem derrubar uma única árvore.

Universidade do Pantanal A resposta está no intercâmbio da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) com universidades de outros países. Outra questão é o do turismo, e além do Pantanal, temos a região de Bonito, premiado como melhor destino ecoturístico do mundo. Precisamos fazer de Mato Grosso do Sul um destino turístico para turistas do exterior.

Saúde Todos os candidatos vão dizer que vão descentralizar a saúde e a falar de resolutividade. Além disso, temos que exigir que o Governo Federal assuma sua responsabilidade com o setor. A verba carimbada, 10% da receita corrente bruta da União, é fundamental. No meu 2º dia de governo vou chamar os 79 prefeitos para saber a demanda de cada um. Vou estabelecer metas e a verba carimbada do governo estadual.

Mais Médicos – É um programa louvável no aspecto de ter levado um profissional onde não tinha. Mas, só o médico não resolve. Dados mostram que na primeira consulta é gerado de dois a quatro pedidos de exame, necessários para diagnosticar a doença. Se já existia esse gargalo antes dos médicos cubanos, imagina depois. É um problema que está sendo mascarado pelo governo. Um médico só não resolve. Além dos exames são de dois a quatro remédios, são mais medicamentos que precisão ser aportados. É preciso uma recepção humana, atendimento médico, exames e os remédios.

Segurança Pública – Eu implantei a Guarda Municipal em Campo Grande. Vamos fazer um diagnóstico para ver o que é preciso, mais policiais, mais viaturas. A questão da modernidade tem que ser levada para segurança. Quando sai da Prefeitura deixei pronto para assinar o projeto para instalação de 86 câmeras de segurança no centro da cidade. Com relação à segurança de fronteira, alguns problemas não apenas do Estado, temos de exigir do Governo Federal ações mais contundentes e parcerias para atacar o problema.

Agronegócio – Cada setor, cada região tem uma realidade, uma vocação que precisa ser respeitada. Temos que aparelhar melhor a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e outras voltadas para o setor. Precisamos saber a necessidade de cada lugar e saber como resolver. Nós temos uma Embrapa que é referência mundial e que pode ser usada para isso.

Cultura – O 1% para cultura nasceu no meu governo, onde também nasceu a Fundação de Cultura. Essa é uma conquista que outros segmentos também estão tentando.

Sistema Prisional – Esse sistema que está ai não só penaliza, como marginaliza ainda mais. Precisamos de um precesso de ressocialização do ser humano que está ali dentro.

Considerações Finais – Está é uma iniciativa importante, parabéns pela ideia. Eu não teci nenhuma crítica contundente aos meus adversários. Minha campanha será propositiva, positiva, para frente, respeitando o eleitor e os adversários. Sou nascido e criado em Mato Grosso do Sul. Fui vereador da Capital por três mandatos, deputado estadual, prefeito por duas vezes, me preparando todo esse tempo para ser governador do Estado, um lugar que desponta como modelo, com bons indicadores de qualidade de vida. Tenho experiência de já ter feito, e tenho a certeza de que serei o melhor governador de Mato Grosso do Sul.

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